quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Hoje é o aniversário do escritor francês Albert Camus

Hoje é o aniversário do escritor francês Albert Camus

Hoje é o dia do nascimento do escritor francês Albert Camus ( Mondovi, Argélia [colônia francesa]7 de novembro de 1913 - Villeblevin4 de janeiro de 1960). Ele era filósofo, dramaturgo e jornalista. Aos 44 anos ganhou o Prêmio Nobel de Literatura (1957)  por sua importante produção literária, que com seriedade clarividente ilumina os problemas da conciência humana em nosso tempo”.Camus seguia a linha de pensamento do Absurdismo, que é a tendência humana a buscar significado inerente à vida e a incapacidade para tal feito, o Absurdo surge por essa natureza contraditória.  O escritor morreu por causa de um acidente de carro que aconteceu no dia 4 de janeiro de 1960, às 13:55, ele viajava no banco de passageiro dianteiro, sem cinto de segurança, da cidade de Lourmarin a Paris.
Por ironia do destino (ou absurdo!), Camus soltou a frase “Morir en voiture est une morte imbecile” (“Não conheço nada mais idiota que morrer em um acidente de automóvel”), disse isso quando soube da morte de Fausto Coppi, um ciclista famoso atropelado por um carro uma semana antes do seu acidente. 
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Camus
As obras mais famosas do pensador são “O estrangeiro” (romance), “A peste” (romance) e “Calígula” (teatro). Trecho de “O estrangeiro”:
A não ser por estes aborrecimentos, não me sentia muito infeliz. Todo o problema, ainda uma vez, estava em matar o tempo. Acabei por não me entediar mais, a partir do instante em que aprendi a recordar. Punha-me às vezes a pensar no meu quarto e, na imaginação, partia de um canto e dava a volta ao quarto, enumerando mentalmente tudo o que encontrava pelo caminho. A princípio, isto durava pouco. Mas a cada vez que recomeçava, era um pouco mais longo, pois lembrava-me de cada móvel e, para cada móvel, de cada objeto, de todos os detalhes e, para os próprios detalhes, de uma incrustação, de uma rachadura, de um bordo lascado, da cor que tinham, ou de sua textura. Tentava, ao mesmo tempo, não perder o fio deste inventário e fazer uma enumeração completa. De tal forma que, ao fim de algumas semanas, conseguia passar horas apenas enumerando o que se encontrava no meu quarto. Assim, quanto mais pensava, mais coisas esquecidas ia tirando da memória. Compreendi, então, que um homem que houvesse vivido um único dia, poderia sem dificuldade passar cem anos numa prisão. Teria recordações suficientes para não se entediar. De certo modo, isto era uma vantagem.
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Túmulo de Albert Camus, Cemitério de Lourmarin, Lourmarin, França. RIP.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

“O meu pé de laranja lima”, de José Mauro de Vasconcelos


Resenha: “O meu pé de laranja lima”, de José Mauro de Vasconcelos

by Fernanda Jimenez
Esse é um livro para quem NÃO gosta de ler, porque é um excelente "pega leitores", um livro recomendado para gente de todas as idades e que tem uma certa aversão à leitura, porque tenho certeza que ficará apaixonado. Eu tenho um especial carinho por essa obra, já que foi uma das que me acompanharam durante a minha infância/adolescência. Li incontáveis vezes e em todas elas, não teve como segurar a emoção. Esse é um texto que te faz chorar que nem um bebezinho, muito emocionante, a história de Zezé nos pega mesmo pelo coração. Por favor, se você ainda não leu, não deixe de ler esse livro.
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José Mauro de Vasconcelos (Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 1920 - São Paulo, 24 de julho de 1984) era de origem nordestina (nasceu no Rio,mas foi criado em Natal), de uma família muito pobre, talvez na por isso tenha conseguido transmitir com tanta verdade as agruras de Zezé.
Zezé é de uma família muito pobre e trabalhadora, como muitas famílias do Brasil. O garoto é super inteligente, sensível, criativo e danado, apronta todas. Ele tem um amigo- confidente, que é seu pé de laranja lima, o Xururuca e também o Luciano, o morcego. Ele tem um irmãozinho, o Luís, que ele cuida muito. São muitos irmãos e o mais velho cuida do mais novo, Zezé é cuidado pela Godóia, que é muito protetora. Jandira e Totoca às vezes judiam dele. Sem querer, Zezé acaba fazendo amizade com o Portuga, que tem um papel muito importante na vida de Zezé. Dona Cecília Paim é a professora, Zezé é o menorzinho da turma. O menino sofre as injustiças do mundo adulto, aprende cedo demais o que é a dor e a tristeza. A infância deveria ser a fase mais feliz, mas nem sempre é assim. Zezé usa o mundo da imaginação para escapar da realidade da vida até o dia em que descobre que não pode mais fugir disso.
A edição da minha infância:
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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Amor de mae

Amor que se dedica
amor que não se explica
até quando se vai
parece que ainda fica
olhando você sair
sabendo que vai cair
deixar que saia
deixar que caia

Por mais que vá sofrer
é o jeito de aprender
e o teu caminho
só você vai percorrer
se você vence, eu venço
se você perde, eu perco
e nada posso fazer
só deixar você viver

Só olhar você sofrer
só olhar você aprender

só olhar você crescer
só olhar você amar
só olhar você...


by http://vivian-floreselivros.blogspot.com.br/

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

A história do amor de Fernando e Isaura, Ariano Suassuna

A história do amor de Fernando e Isaura, Ariano Suassuna

Sou um escritor de poucos livros e poucos leitores. Vivo extraviado em meu tempo por acreditar em valores que a maioria julga ultrapassados. Entre esses, o amor, a honra e a beleza que ilumina caminhos da retidão,da superioridade moral, da elevação, da delicadeza, e não da vulgaridade dos sentimentos. (Recife, 7 de outubro de 1994, p. 20)
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O escritor na sua casa na Paraíba.
Ariano Suassuna (João Pessoa, 16 de junho de 1927 ), membro nº32 da Academia Brasileira de Letras, marcou a minha adolescência e incrementou a minha paixão pela leitura. Li incontáveis vezes a peça “O auto da Compadecida” (1955), assisti a obra no teatro diversas vezes, e em todas elas, a gargalhada saía fácil. O humor de Suassuna lavava a minha alma. Chicó e João Grilo são os personagens mais hilários da literatura brasileira. Mas deixo “O auto da Compadecida” para outro post, nesse a estrela é “A história de amor de Fernando e Isaura”(1956), um dos poucos romances do autor que permaneceu inédito até 1994, quando foi publicado no Recife pela primeira vez. A maior parte da obra de Suassuna é composta por peças de teatro, mas também é escritor de prosa e verso.
Nosso querido escritor anda meio adoentado e daqui mando o meu sincero desejo de pronto restabelecimento. O escritor tem um blog no UOL, com última atualização em 20 de junho, ele sofreu um infarto no último mês de agosto e recentemente cancelou a sua participação na Feira do Livro de Alagoas. Força, Ariano, nós te amamos!
126671Ariano Vilar Suassuna, advogado, filho de Cássia Vilar e João Suassuna, assassinado no Rio de Janeiro por motivos políticos. Passou a infância na fazenda Acauhan que pertencia a seu pai, depois vendida pela viúva para que os seus nove filhos estudassem.
O romance “A história do amor de Fernando e Isaura” é a versão brasileira da história deTristão e Isolda (lenda de origem celta), portanto, uma tragédia, não esperem por um final feliz. A leitura corre muito veloz, o livro é dividido em capítulos curtíssimos de duas, três páginas. Este livro serviu como prólogo, como exercício para escrever um romance que veio anos depois, “O romance d’a pedra do reino e o príncipe do sangue vai-e-volta”, escrito entre 1958 e 1970, doze anos de escritura. A paisagem é rural, acontece na fazenda São Joaquim, entre Penedo e Piassabussu (Alagoas), entre a praia e o Rio São Francisco. Marcos Fonseca, o dono da fazenda, é viúvo e  tio de Fernando, pobre e órfão, o tio o acolheu ainda menino com a morte de sua irmã, Riva. A vida solitária dos dois era marcada por muito trabalho na fazenda. Marcos arranjou um casamento com uma moça muito mais jovem que ele, Isaura. Já não vou contar muito mais sobre a história, já deu para imaginar, não? Só vou contar que Fernando já conhecia Isaura por um episódio do passado. Isaura, de uma beleza perfeita, de olhos claros e um cabelo fino dourado. Seus pensamentos estavam povoados da imagem de Fernando. Desde que o avistara, seu sangue e seu coração tinham criado alma nova.(p. 46) Entre encontros e desencontros, o amor vai cumprindo a sua profecia.
Quem pode contra a força do Destino?
ArquivoExibir
Suassuna, Ariano. A história de amor entre Fernando e Isaura.  José Olympio, Rio de Janeiro, 1994. 174 páginas

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Alfonsina Storni, poetisa argentina

Alfonsina Storni, poetisa argentina

Amo los cielos claros, los pastos frescos, 
los campos dorados, las delicadas manos, 
las frentes amplias, las almas pulcras…
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Hoje completa 75 anos do falecimento da poetisa Alfonsina Storni (Sala Capriasca, Suíça 29 de maio de 1892 - Mar del Plata, Argentina, 25 de outubro de 1938). Nasceu na Suíça, mas imigrou para a Argentina ainda criança com seus pais. Foi professora infantil numa área rural na Argentina.  Alfonsina ajudou a criar uma associação de escritores, era amiga de muitos deles, como Horacio Quiroga, que suicidou- se e isso abalou muito a poetisa.
O rogo
Senhor, Senhor, faz já tanto tempo, um dia
Sonhei um amor como jamais pudera
Sonhá-lo ninguém, algum, amor que fora
A vida toda, toda a poesia…
E passava o inverno e não vinha,
E passava também a primavera,
E o verão de novo persistia,
E o outono me encontrava em minha espera.
Senhor, Senhor; minhas costas estão desnudas.
Faça estalar ali, com mão rude,
O açoite que sangra aos perversos!
Que está a tarde já sobre minha vida,
E esta paixão ardente e desmedida,
A hei perdido, Senhor, fazendo versos!
(Tradução de Maria Teresa Almeida Pina)
A poetisa sofria um câncer no seio, três dias antes de falecer escreveu o soneto, “Vou dormir”:
Dentes de flores, touca de sereno,
Mãos de ervas, tu, ama-de-leite fina,
Deixa-me prontos os lençóis terrosos
E o edredom de musgos escardeados.
Vou dormir, ama-de-leite minha, deita-me.
Põe-me uma lâmpada à cabeceira;
Uma constelação; a que te agrade;
Todas são boas: a abaixa um pouquinho
Deixa-me sozinha: ouves romper os brotos…
Te embala um pé celeste desde acima
E um pássaro te traça uns compassos
Para que esqueças… obrigado. Ah, um encargo:
Se ele chama novamente por telefone
Diz-lhe que não insista, que saí…
(Tradução de Héctor Zanetti)

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Meu amor, sem você, fico como sem ar...

Ontem eu sonhei com você, um sonho que me trouxe lembranças não vividas. E comecei a recordar aquele momento que estivemos juntos... Meu coração acelerou. Meu pensamento não soltava você... Tentei então fechar os olhos e dormir novamente, mas ao fechar os olhos, eu via você. Lembrei então que fazia uns dia que não conversava com você, e a saudade foi incontrolável. Resolvi me levantar da cama. Fiz tudo que tinha que fazer, e esperei o momento certo para te rever... - O momento certo? Estava dando um tempo pra ver se todo aquele sentimento não desaparecia. E não desapareceu...
Entrei na internet, vi e revi suas fotos, imaginando você aqui. E então uma tristeza tomou meu coração: Ver suas fotos era única maneira de te ver.
Essa tristeza me desgastou o dia inteiro.  Fiquei lembrando-me de tudo que já havíamos conversado e do momento inesquecível que passamos. Agora o dia escureceu novamente. Tenho quase a nítida certeza que sonharei contigo esta noite, já que é inevitável fechar os olhos e não te ver (...).
Outras pessoas desejam este sentimento que foi súbito a você, e às vezes eu penso em dar a elas. Mas não consigo. Este sentimento é reservado somente à você.  Às vezes penso que foi sempre assim. Já que uma atração assim é muito rara.
Então eu penso que Deus está me testando. Deve estar vendo se esse sentimento é verdadeiro, mas logo chego à conclusão que Deus não faria isso. - E que realmente é verdadeiro.
Não sei quanto tempo mais vai durar, não sei quanto tempo mais posso esperar. Apenas oro todos os dias para acontecer o que deve ser. E creio, que na hora certa, Deus vai te trazer de volta para mim e somente então poderei dormir feliz e acordar sorrindo, como antes. Lembra?

Estarei te esperando o tempo que for preciso, pois sei que um dia você vai voltar...

Deus tem sempre um plano para a nossa vida!


Un Viaje Largo


Marcela Gandara


http://www.youtube.com/watch?v=JseoVqOFi5g#t=11



Ha sido largo el viaje pero al fin llegué.
La luz llegó a mis ojos aunque lo dudé.
Fueron muchos valles de inseguridad los que crucé.
Fueron muchos días de tanto dudar, pero al fin llegué, llegué a entender.
Que para esta hora he llegado, para este tiempo nací, en sus propósitos eternos yo me vi.
Para esta hora he llegado, aunque me ha costado creer, entre sus planes para hoy me encontré.
Y nunca imaginé que dentro de su amor.
Y dentro de sus planes me encontrara yo.
Fueron muchas veces que la timidez, me lo impidió.
Fueron muchos días de tanto dudar, pero al fin llegué, y ya te amé.

Debaixo da Mesma Lua, Uma historia de amor e Vinhos

Debaixo da Mesma Lua, Uma historia de amor e Vinhos Vem comigo na construção de um lindo romance. Vou compartilhar vários trechos desse roma...