sábado, 26 de abril de 2014

Amor é fogo que arde sem se ver

Amor é fogo que arde sem se ver

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

                           Luís de Camões

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Um passeio por Madri no Dia Internacional do Livro

Fernanda Jimenez 

Falando em Literatura

Enquanto o Brasil ainda dorme, eu já fui dar um passeio por algumas livrarias de Madri nesse Dia de São Jorge. Leia como essa data passou a ser a festa do livro: você conhece a tradição espanhola de presentear flores e livros? Hoje é o dia. Todo dia é dia de leitura, mas hoje é especial. Serve para festejar, para comprar livros com descontos, presentear, agitar o mercado editorial, conhecer autores pessoalmente, pedir autógrafos, se inspirar, conhecer, ler mais ainda e pensar em literatura!

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Uma das minhas livrarias preferidas em Madri é a Casa del Libro da Calle Alcalá, 96. O edifício fica no bairro de Goya e nele morou por três anos o poeta e dramaturgo Federico García Lorca (Fuente Vaqueros5 de Junho de 1898 - Granada19 de Agosto de 1936).10310617_294338974055003_2716666937744803195_n 3
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A Casa del Libro é uma livraria bem completa, vende desde literatura infantil aos clássicos, livros de bolso, ciências humanas e sociais, etc.10153021_294338920721675_6746424988163043035_n 2
Os passeios ainda vazios, mais tarde vai ser difícil entrar, quanto mais fotografar (bom, não?!)
10294375_294338887388345_6153025178195816227_n 2O prédio numa das esquinas privilegiadas de Madri.
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Hoje as livrarias da cidade estão dando 10% de desconto nos livros. Essa é a livraria do El Corte Inglés, a loja de departamentos mais chique da Espanha:10299061_294338794055021_556052245793954224_n (1) 2
O El Corte Inglés colocou bancas de livros na calçada:1625539_294338804055020_6183191144383679885_n 2Eu já comprei os livros e as flores para os meus amores, agora vou esperar os meus!
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quarta-feira, 16 de abril de 2014

O triste abril de T.S. Eliot

O triste abril de T.S. Eliot

T.S.Eliot (Thomas Stearns Eliot, St. Louis26/09/1888 - Londres, 04/01/1965) não é um poeta fácil. Seus versos são herméticos, sua expressão poética é cheia de alusões culturais, misturas de idiomas, o poeta utiliza elementos visuais, como se fossem collages. Os elementos místicos, as cartas do tarô, a magia, dão esse tom obscuro, simbólico. T.S.Eliot é um escritor para decifrar:
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James McColgan – Midnight Tree
I. O ENTERRO DOS MORTOS*

Abril é o mais cruel dos meses, brotando 
Lilases da terra morta, misturando 
Memória e desejo, removendo
Turvas raízes com a chuva da primavera. 
O inverno nos mantinha quentes, cobrindo 
A terra de neve esquecida, nutrindo 
Um pouco de vida os tubérculos secos. 
O verão nos surpreendeu, chegando em cima do Starnbergersee 

Com um dilúvio; paramos junto às colunas 
E continuamos com a luz do sol até Hofgarten, 
e tomamos café, e falamos por um bom tempo. 
Big gar keine Russin, stamm’ aus Litauen, echt deutsch. 
E quando éramos crianças, estando com o arquiduque, 
Meu primo,  convidou-me para passear em um trenó. 
E tive medo. Disse-me ele, Maria, 
Maria, agarra-te forte. E para lá descemos. 
Nas montanhas, a pessoa se sente livre. 
Eu leio boa parte da noite, e no inverno vou ao sul. 

Quais são as raízes que me aferram, que galhos crescem 
Desse pétreo lixo? Filho de homem, 
Não podes dizer, nem imaginar, porque só conhece 
Um monte de imagens quebradas, que pegam o sol, 
A árvore morta não dá abrigo, nem o grilo dá alívio, 
Nem a pedra seca faz barulho água. Só 
há sombra debaixo desta rocha vermelha. 
(Entra debaixo da sombra desta rocha vermelha), 
E vou te ensinar algo diferente, tanto 
de tua sombra pela manhã caminhando atrás de ti 
como de tua sombra pela tarde subindo ao teu encontro; 
Vou te mostrar o medo num punhado de pó. 

Frisch weht er Wind 
Der Heimat zu 
Mein Irisch Kind, 
Wo weilest du? 

”Deste-me jacintos pela primeira vez há um ano; 
Chamavam-me a menina dos jacintos.” 
- Mas ao voltarmos, tarde, do Jardim dos Jacintos, 
Teus braços cheios de jacintos e teus cabelos molhados, não pude 
Falar, e me falharam os meus olhos, eu estava nem 
vivo nem morto, não sabia nada 
Olhando o coração da luz, o silêncio. 
Oed’ und leer das Meer. 


Madame Sosostris, famosa vidente, 
Tinha um forte resfriado; no entanto, 
É conhecida como a mulher mais sábia da Europa, 
Com seu perverso baralho. Aqui, disse, 
está sua carta, o Marinheiro Fenício afogado. 
(Pérolas são esses que foram seus olhos. Olha!) 
Eis aqui Beladona, a Madona das Rochas, 
A Dama das Situações. 
Aqui está o Homem dos Três Bastões, e aqui a Roda da Fortuna,

E aqui se vê o mercador caolho, e esta carta,

Que em branco, é algo que ele leva nas costas, 
Mas que me proibiram de ver. Não encontro 
O Homem Enforcado. Teme a morte por água. 
Vejo multidões que dão voltas em círculos. 
Obrigada. Se vê a minha querida Senhora Equitone, 
Diga-lhe que eu mesma lhe levarei o horóscopo: 
Nesses tempos há que se ter muito cuidado. 


Cidade irreal, 
Sob a névoa parda de um amanhecer de inverno, 
Uma multidão fluía pela Ponte de Londres, tantos, 
Que não acreditei que a morte tivesse desfeito a tantos. 
Exalavam suspiros, breves e pouco frequentes,
E cada um mantinha os olhos fixos ante os pés, 
Fluíam costa acima e descendo King William Street. 
onde Santa Maria Woolnoth dava as horas

Com um som morto na balangada final das nove 
Vi alguém que conhecia e o fiz parei, gritando: “Stetson, 
Você estava comigo nas galeras de Mylae! 
O cadáver que plantou ano passado em teu jardim 
Já começou a brotar? Florecerá este ano? 
Ou a geada imprevista estragou seu leito? 
Ah, mantêm longe daqui o cachorro, que é amigo do homem, 
Ou ele voltará a desenterrar com as unhas!

Você! Hypocrite lecteur! – mon semblable -, mon frère” 


segunda-feira, 14 de abril de 2014

Quem é a crítica literária no Brasil?


A pergunta não é “O que é a crítica literária?”, e sim, “Quem é a crítica literária no Brasil?”. Os críticos são citados normalmente sem o nome, eternos sujeitos indeterminados: “o autor foi aclamado pela crítica”, “o livro não agradou a crítica.” Mas, quem foi e quem é a Crítica Literária?
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Alguns autores andam reclamando da crítica contemporânea, olhando com certo saudosismo a crítica do passado e menosprezando o que há na pós- modernidade, como declarou o escritor peruano Mario Vargas Llosa recentemente parao El País, leia:
“A crítica literária tem agora mais responsabilidades em um mundo com excesso de informação e excesso de livros. E é responsável pela marginalidade em que vive ao ter perdido o protagonismo que tinha e deveria recuperar. Não temos críticos de grande responsabilidade nem em outras áreas. Parecem limitar-se a resenhas, quase como publicidade, a banalizaram e se esqueceram da função de apresentar os elementos para que as pessoas apreciem o bom e o menos bom de cada livro, e algo muito importante é que devem ter claro o lugar que essa obra ocupa em seu contexto, e contar isso aos leitores. Especialmente nestes tempos em que a Internet tende a dar o mesmo valor a tudo…”
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Não concordo com quase nada do que ele disse, já que não considero o crítico marginalizado. O que acontece hoje em dia é que o formato mudou, surgiram muitos críticos com a inclusão digital e a caída dos jornais em papel. Antigamente, o crítico tinha um status e destaque maiores pelo próprio meio em que se apresentavam, todo mundo lia a mesma coisa; hoje não, há uma variedade enorme de material e de meios. Os tempos são outros. E eu prefiro hoje, sinceramente. Não gosto do monopólio, do saber centralizado e privilégio de poucos, o veredito ditado por três críticos e acabou- se. No caso brasileiro, destaco: Otto Maria Carpeaux, Álvaro Lins e Sérgio Milliet, nascidos no século XIX e princípio do século XX:
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Sérgio Milliet (São Paulo20/09 1898 - São Paulo, 09/11/1966
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Otto Maria Carpeaux (Viena, 09/031900 – Rio de Janeiro, 03/02/1978)
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Álvaro Lins (Caruaru14/12/1912 - Rio de Janeiro, 04/06/1970)
Não concordo com Llosa sobre a “banalização” que cita. O que ele chama de “banalização”, eu chamo de “inclusão”. Pense que existe muitos blogs de gente muito jovem, mas muito jovem mesmo, 11, 14, 16 anos, que está pensando em literatura, falando em literatura, lendo e refletindo sobre o que leu. Com erros, obviamente, mas pense como será essa geração de leitores/críticos no futuro? Acho animador e prometedor. Se ele quer ler blogs profissionais, com críticas consistentes, que dizem o que o livro tem de bom e ruim, há centenas espalhados pela web, basta selecionar. Devemos sim aprender com os críticos que fizeram história, absorver o que nos convém, mas com a liberdade de traçar os nossos próprios caminhos. Só com a distância, com o discernimento que o tempo proporciona é que se saberá o valor do que estamos fazendo nos anos 2000.
Há 23 anos anos, em 1991 no programa Roda Viva (Cultura), Rachel de Queiroz já reclamava da crítica de então, e dá como referência Otto Maria Carpeaux, que parece ser o exponente máximo da crítica literária brasileira. Veja o tom pejorativo de Rachel em relação à crítica do seu tempo:
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Caio Fernando Abreu: Os críticos não eram melhores?
Rachel de Queiroz: Havia uma crítica profissional que não há mais hoje. Hoje eles dão noticiazinhas, em geral encomendadas pelas editoras. A figura do crítico desapareceu, não sei por quê. Talvez seja a evolução dos estudos literários, aquela crítica era impressionista, era a crítica do “gostei, não gostei”, podia ser formulada em boas frases, mas eram, na verdade… Não sei se são os novos estudos de literatura que influíram na liquidação do crítico pontificando…
Maria Alice Barroso: Perdão. Minha primeira intervenção. [risos] Peço passagem…Caio Fernando Abreu: Os críticos não eram melhores?
Rachel de Queiroz: Havia uma crítica profissional que não há mais hoje. Hoje eles dão noticiazinhas, em geral encomendadas pelas editoras. A figura do crítico desapareceu, não sei por quê. Talvez seja a evolução dos estudos literários, aquela crítica era impressionista, era a crítica do “gostei, não gostei”, podia ser formulada em boas frases, mas eram, na verdade… Não sei se são os novos estudos de literatura que influíram na liquidação do crítico pontificando…Jorge Escosteguy: Maria Alice Barroso, por favor.
Maria Alice Barroso: Você acha, Rachel, que nós tenhamos agora, por exemplo, um crítico da categoria de Álvaro Lins [(1912-1975) professor, jornalista, ensaísta e diplomata, mas sua consagração deu-se como crítico literário]?
Maria Alice Barroso: Você acha, Rachel, que nós tenhamos agora, por exemplo, um crítico da categoria de Álvaro Lins [(1912-1975) professor, jornalista, ensaísta e diplomata, mas sua consagração deu-se como crítico literário]?
Caio Fernando Abreu: Eu estava pensando nisso.
Rachel de Queiroz: Não, não temos, é o que digo, a figura do crítico… do Alceu, do Álvaro, do Carpeaux, que nós citamos agora. Essas figuras desapareceram, não sei, talvez fossem dinossauros que tinham que desaparecer, mas tinham grande peso e grande importância.
Caio Fernando Abreu: Mas acho que a dignidade nunca tem que desaparecer.
Rachel de Queiroz: Mas não é a dignidade. Acho que é o estilo. É uma questão de moda literária e de estilo, desapareceu o crítico.
Caio Fernando Abreu: O que vejo hoje em dia nos jornais, pega-se um livro… Trabalhei em jornal, sou jornalista também. Dizem assim: “Quem quer baixar o pau nesse cara?” [risos] Aí um garoto qualquer de vinte anos vai lá e baixa o pau.
Rachel de Queiroz: É o instituto do patrulhamento.
Marcos Faerman: Acho que um problema que acontece com a crítica, que é bem diferente, por exemplo, desse período dos grandes mestres, né, Agripino Grieco [(1888-1973) poeta, ensaísta e crítico literário reconhecido por sua língua ferina ao escrever suas críticas], Álvaro Lins, Alceu Amoroso Lima [(1893-1983) conhecido também pelo pseudônimo de Tristão de Ataíde, foi professor de literatura, pensador e crítico literário. Ao denunciar pela imprensa o cerceamento da liberdade de pensamento, tornou-se forte opositor do regime militar de 1964], o deslumbrante Otto Maria Carpeaux [(1900-1978) um dos mais renomados críticos literários brasileiros, cuja obra é imprescindível para o estudo da literatura ocidental. Com o golpe de 64, que depôs Jango, Carpeaux passou a combater o regime militar, deixando a crítica literária em segundo plano], mestres que eram pensadores da literatura. Agora, não vejo isso que o Caio fala, assim, acho que um pouco levianamente…
Caio Fernando Abreu: Nunca sou leviano.
Caio Fernando Abreu: Rachel, continuando a ser leviano, [risos] você acha que isso que está se passando em relação à crítica literária não está se passando em todos os níveis no Brasil? Como diz o Darcy Ribeiro [(1922-1997) professor, etnólogo, antropólogo, foi senador, reitor da Universidade de Brasília, ministro de Estado no governo João Goulart - ver entrevista no Roda Viva], não é um processo de africanização – com o perdão [do termo], porque o Brasil está passando pela mesma coisa –, de sucateamento, como diz o Moacir Amâncio [poeta paulista e professor de língua e literatura hebraica na Universidade de São Paulo, também atuou como repórter e redator em várias publicações], de vulgarização de tudo?
Rachel de Queiroz: Não sou tão pessimista. Acho que as coisas estão difíceis, o mundo inteiro está atravessando uma fase difícil, o Brasil está atravessando uma fase dificílima e isso se reflete em todos os níveis da cultura, que é a primeira afetada por essas crises. Mas eu, que sou pessimista profissional, acho que vamos sair dessa. Há muito talento por aí, há muito interesse por artes, por letras, por estudos, de forma que não estou pessimista nisso, não. Essa meninada, você vê nessa Bienal Nestlé, há muito interesse da meninada, a paixão com que eles vêem, com que eles procuram saber, se informar, conhecer a gente, tocar na gente para saber que é mesmo aquela pessoa. De forma que isso tudo mostra que há interesse e esses meninos não vão ficar parados nem vão ficar calados.
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Da velha escola, cito Antônio Cândido (Rio de Janeiro24 de julho de 1918) como o meu crítico preferido, ele ainda atua e é a minha referência principal, figuras como ele já são espécie em extinção:
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A crítica contemporânea é uma legião de blogueiros, principalmente, muitos escrevem em blogs e para jornais virtuais e impressos. É a democratização da escritura, e nunca, nunca, baixo nenhuma hipótese, deve- se condenar quem fala sobre literatura, pior ou melhor, estão falando sobre Arte e falar sobre Arte é o caminho.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Você me dá um livro? Eu te dou um livro e uma flor.

A festa da rosa e do livro: Dia Internacional do Livro, 23 de abril

Você sabe porquê o dia 23 de abril é o Dia Internacional do Livro?
É uma tradição que vem desde a Idade Média na Espanha, na região da Catalunha (que compreende as províncias de Barcelona, Gerona, Lérida e Tarragona). No dia 23 de abril, dia de São Jorge (Sant Jordi, em catalão), padroeiro da Catalunha, a tradição é presentear as pessoas queridas com flores e livros. E como no mês de abril faleceram William Shakespeare (dramaturgo inglês), Josep Pla (escritor catalão) e Miguel de Cervantes (escritor espanhol), a UNESCO decidiu, em 1995, fixar a data como o Dia Mundial do Livro
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O governo espanhol criou o evento “La noche de los libros” (“A noite dos livros”) que acontecerá no dia 23 de abril com o lema “¿Me regalas un libro? Te regalo un libro.” (“Me dá um livro? Eu te dou um livro.”).
1334866129_718542_1334866887_noticia_normalO abril espanhol é efervescente, há dezenas de eventos literários durante o mês todo. As livrarias colocam bancas nas calçadas das cidades e vendem os livros com descontos. Que tal celebrar o Dia Mundial do Livro na sua cidade dessa forma? Uma flor…um livro.
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Você me dá um livro? Eu te dou um livro e uma flor.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Hoje me apaixonei por você.


Novo Livro em Construção - aguardem...



Introdução


 

Marco nasceu em Minas Gerais. Foi criado entre Belo Horizonte e a fazenda de café de seus pais. Teve uma infância perfeita, com todas as regalias que uma criança possa ter para crescer feliz. Até que chegou a adolescência e pensou que já era dono e senhor de seu nariz e começou a fazer coisas inapropriadas e andar com pessoas com a qual iniciou sua vida de total decadência. Enquanto andava debaixo das asas de seus pais, tudo lhe corria bem e estava protegido do mundo.
Sua mãe era uma mulher humilde. Nascida e criada em uma fazenda vizinha dos seus avós paternos. Eram pessoas de bem. Gente da terra.
Os negócios do café iam de vento em poupa e seu pai intencionava educá-lo para tomar o seu lugar quando estivesse preparado, mas esta ideia não lhe agradava nada.
Era o mais velho de quatro irmãos. E como o mais velho dos filhos, estava predestinado a tomar o lugar de seu pai na fazenda, mas isso não estava em seus planos e já havia tomado uma decisão, que apenas ele sabia e estava certo de que ia ser muito difícil falar sobre isto com o seu pai. Teria que esperar o momento oportuno.
A vida não era exatamente o que ele queria que fosse e acabava por fazer coisas que mais tarde viria ter consequências desastrosas.

Mas como tudo (ou quase tudo) na vida tem conserto, Marco reencontrou o seu caminho e acabou achando a sua verdadeira felicidade, mas para isso, teve que pagar um preço bastante alto e lutar com todas as suas forças para aprender que a vida não é o que ele imaginava. Aprendeu principalmente a entender e reconhecer os seus verdadeiros amigos e seus verdadeiros valores. Mas até chegar aonde chegou, teve que percorrer caminhos bastante estreitos e obscuros, mas ao cair, encontrou alguém que lhe estendeu uma mão, e então pode levantar e caminhar seguro rumo à felicidade...

Boa dia amigos!


sexta-feira, 4 de abril de 2014

Te quiero mi amor i siempre te amaré.

El viento en la isla

El viento es un caballo:
óyelo cómo corre
por el mar, por el cielo.

Quiere llevarme: escucha
cómo recorre el mundo
para llevarme lejos.

Escóndeme en tus brazos
por esta noche sola,
mientras la lluvia rompe
contra el mar y la tierra
su boca innumerable.

Escucha como el viento
me llama galopando
para llevarme lejos.

Con tu frente en mi frente,
con tu boca en mi boca,
atados nuestros cuerpos
al amor que nos quema,
deja que el viento pase
sin que pueda llevarme.

Deja que el viento corra
coronado de espuma,
que me llame y me busque
galopando en la sombra,
mientras yo, sumergido
bajo tus grandes ojos,
por esta noche sola
descansaré, amor mío.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Escribir, por ejemplo: "La noche está estrellada,
y tiritan, azules, los astros, a lo lejos."
El viento de la noche gira en el cielo y canta.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Yo la quise, y a veces ella también me quiso.
En las noches como esta la tuve entre mis brazos.
La besé tantas veces bajo el cielo infinito.
Ella me quiso, a veces yo también la quería.
Cómo no haber amado sus grandes ojos fijos.
Puedo escribir los versos más tristes esta noche.
Pensar que no la tengo. Sentir que la he perdido.
Oir la noche inmensa, más inmensa sin ella.
Y el verso cae al alma como al pasto el rocío.
Qué importa que mi amor no pudiera guardarla.
La noche esta estrellada y ella no está conmigo.
Eso es todo. A lo lejos alguien canta. A lo lejos.
Mi alma no se contenta con haberla perdido.
Como para acercarla mi mirada la busca.
Mi corazón la busca, y ella no está conmigo.
La misma noche que hace blanquear los mismos árboles.
Nosotros, los de entonces, ya no somos los mismos.
Ya no la quiero, es cierto, pero cuánto la quise.
Mi voz buscaba el viento para tocar su oído.
De otro. Será de otro. Como antes de mis besos.
Su voz, su cuerpo claro. Sus ojos infinitos.
Ya no la quiero, es cierto, pero tal vez la quiero.
Es tan corto el amor, y es tan largo el olvido.
Porque en noches como esta la tuve entre mis brazos,
mi alma no se contenta con haberla perdido.
Aunque este sea el ultimo dolor que ella me causa,
y estos sean los ultimos versos que yo le escribo.

O Menino do Pijama Listrado

INFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO
Título: O Menino do Pijama Listrado
Autor: John Boyne
Gênero: Literatura Estrangeira/ Romance
Ano de Lançamento: 2007
Formato: .pdf
SINOPSE
O Menino do Pijama ListradoBruno tem nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto e a Solução Final contra os judeus.Também não faz idéia de que
seu país está em guerra com boa parte da Europa, e muito menos de que sua família está envolvida no conflito. Na verdade,
Bruno sabe apenas que foi obrigado a abandonar a espaçosa casa em que vivia em Berlim e mudar-se para uma região
desolada, onde ele não tem ninguém para brincar nem nada para fazer. Da janela do quarto, Bruno pode ver uma cerca, e, para além dela, centenas de pessoas de pijama, que sempre o deixam com um frio na barriga.
Em uma de suas andanças Bruno conhece Shmuel,um garoto do outro lado da cerca que curiosamente nasceu no mesmo
dia que ele. Conforme a amizade dos dois se intensifica, Bruno vai aos poucos tentando elucidar o mistério que ronda as
atividades de seu pai. “O Menino do Pijama Listrado” é uma fábula sobre amizade em tempos de guerra, e sobre o que acontece quando a inocência é colocada diante de um monstro terrível e inimaginável.
BIOGRAFIA DO AUTOR
Foto -John BoyneJohn Boyne (nascido em 30 de abril de 1971) é um romancista Irlandês. Ensinou língua inglesa no Trinity College, e Literatura Criativa na Universidade de East Anglia, onde foi galhardoado com o prêmio Curtis Brown. Já escreveu cinco romances e está escrevendo (em 2007) o sexto, assim como uma quantidade de contos que foram publicados em várias antologias e transmitidos por rádio e televisão. Seus romances foram publicadas em 29 idiomas. The Boy in the Striped Pyjamas é um “mais vendido” em Nova York e uma adaptação para o cinema começou a ser filmada em abril de 2007. Boyne reside em Dublim.

A Lista Negra, de Jennifer Brown


Abril. Um mês que, inevitavelmente, será sempre lembrado pelo horror de massacres ocorridos em escolas por jovens: 20 de abril de 1999, Columbine, Estados Unidos; 26 de abril de 2002 , Erfurt, Alemanha; 16 de abril de 2007, Virginia Tech, também nos EUA; e 7 de abril de 2011, Realengo, Brasil. Além desses, muitos outros já ocuparam os noticiários do mundo inteiro, chocando pela violência com que jovens assassinam seus próprios colegas. É com um noticiário como esse que o romance A lista negra abre suas páginas. Lançado agora no Brasil pela Editora Gutenberg, a obra Jennifer Brown é uma ficção que mergulha no mundo juvenil repleto por situações marcadas pelo bullying, preconceito e rejeição.
Essa é a história de Val e Nick. Eles são dois adolescentes que se conhecem no primeiro ano do ensino médio e se identificam de imediato. Val convive com pais ausentes, que brigam o tempo todo e só criticam suas roupas e atitudes. Nick tem uma mãe divorciada que vive em bares atrás de novos namorados. Os dois são alvo de bullying por parte de seus colegas do Colégio Garvin. Nick apanha dos atletas e Val sofre com os apelidos dados pelas meninas bonitas e populares. Ambos compartilham suas angústias num caderno com o nome de todos e tudo que odeiam, criando um oásis, um local de fuga, um momento de desabafo, pelo menos para Val. Já Nick não encara a lista e os comentários como uma simples piada. Há alguns meses, ele abriu fogo contra vários alunos na cantina da escola. Atingida ao tentar detê-lo, Valerie também acaba salvando a vida de uma co¬lega que a maltratava, mas é responsabilizada pela tragédia por causa da lista que ajudou a criar. A lista das pessoas e das coisas que ela e Nick odiavam. A lista que ele usou para esco¬lher seus alvos.

Debaixo da Mesma Lua, Uma historia de amor e Vinhos

Debaixo da Mesma Lua, Uma historia de amor e Vinhos Vem comigo na construção de um lindo romance. Vou compartilhar vários trechos desse roma...