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sábado, 28 de agosto de 2021

Minha Culpa é te Amar

Depois de se mudar para Dublin, Beatriz começa a escrever sua nova história que envolve Alicia, sua melhor amiga, uma mulher forte, alegre e que trabalhava numa padaria, quando elas se conheceram no interior do Rio de Janeiro. Elas trocam e-mails sobre tudo o que lhes acontece no dia a dia, amizade, o mundo à sua volta e os complicados assuntos amorosos das suas próprias vidas. Falam também pelo telefone e anseiam se encontrar de novo. Mas o que vai acontecer quando o fizerem? É aí que começa a intrigante historia de duas amigas e um amor… O final é surpreendente.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Trecho do livro Minha Culpa é Te Amar

 












Quando Léo e Bia se conheceram, a atração foi quase que imediata. Ele era sério, mas ao mesmo tempo brincalhão (embora reservado). Tinha 1,84 metros de altura, cabelos e olhos negros, pele branca, derivado aos seus pais que eram italianos. Mesmo vivendo em país tão ensolarado como Brasil, conseguia manter a nobreza de uma pele puramente européia.
Ela era diferente, sua origem era bem brasileira, embora seus avôs descendessem de alguma parte da Europa, seus traços eram bem tropicais. Tinha a pele morena clara, olhos e cabelos castanhos (embora mudasse freqüentemente de cor) escuro e um corpo bem modelado dividido em seus 1.65 metros de altura. Tinha uma espontaneidade e uma simpatia contagiante, que acabava por confundir muitos homens.
Os seus amigos lhe amava muito, por ser uma pessoa com um coração maravilhoso e uma bondade, que admirava a todos. Com isso, não ficava fora de nenhuma festa, nem qualquer tipo de comemoração. Pois diziam eles, que uma festa sem ela não tinha a mesma graça.
Porque com sua palhaçada, contagiava a todos e alegrava qualquer ambiente.

Estudava filosofia e trabalhava “voluntariamente” na empresa de seu pai, nas horas vagas.
Gostava de observar as pessoas e sonhava algum dia, encontrar o amor de sua vida. Tinha que ser um amor diferente desses que via as suas amigas chorando pelos cantos e se lamentando por isso, ou por aquilo, que lhes tinham feito os seus “amores”.
_”Esse tipo de amor eu não quero! Pensava. _Quero um homem que seja só meu e que me ame incondicionalmente. Como sei que não existe, prefiro ficar sozinha, sonhando, porque, pelo menos em meus sonhos, o meu amor é como eu quero que ele seja!”
Vivia insaciável, a procura (indiretamente) desse amor. Queria alguém que preenchesse o vazio que havia em seu coração. Seu hobe era literatura. A cada momento livre, estava sempre com algum livro na mão. Lia, quando comia, antes de dormir, enquanto esperava qualquer coisa, em qualquer lugar.
Apesar de ser uma pessoa sociável, aparentemente alegre, escondia em seu interior uma pessoa frágil e assustada. Tinha terríveis pesadelos e se deprimia com facilidade. Em seu jeito forte e decidido se escondia alguém inseguro e indeciso. Mas isso, quase ninguém sabia. Somente quem a conhecesse muito bem. E isso, quase ninguém conseguia, porque ela se fechava e tentava camuflar sua verdadeira identidade.
Às vezes, durante a noite perdia completamente o sono e sentia um medo tão forte, que via e ouvia coisas inexistentes. Tinha momentos de pavor absoluto. Tanto, que às vezes era obrigada a acordar sua irmã menor, pois era a única que lhe fazia caso e acreditava em seus temores. Tinha verdadeira paixão por essa linda menina de apenas nove anos, que a deitava em seu colinho e acariciando os seus cabelos, lhe acalmava. E acabava finalmente adormecida junto de sua irmãzinha.
Os seus fins de semana eram uma escapatória de tudo, onde se refugiava em casa de uma amiga (no subúrbio do Rio de Janeiro) e se sentia completamente fora de sua realidade. Por isso, se sentia feliz. Estava muito além de seu “mundinho” habitual, mas se sentia muito mais perto de sua realidade. Sentia-se confortavelmente feliz ao lado de seus amigos e pensava que pudesse juntar os dois mundos e fazer o seu mundo…
Acho que era isso que ela fazia em seus sonhos.
Vivia com os seus pais, mas tinha uma enorme vontade de ter o seu próprio canto. Ás vezes comentava com a sua amiga;
_ Preciso encontrar a minha liberdade, mas antes, preciso ter o meu cantinho para viver em paz. Não que eu não tenha paz em minha casa, mas não é a mesma coisa. Imagina poder receber os meus amigos em minha própria casa, sem ter que dar satisfações para quem quer que seja ou ter alguém reclamando da bagunça no dia seguinte!
_ Nesse ponto você tem razão, Bia. Disse Alicia, sua melhor amiga.
_ Mas você tem que ter em conta que viver sozinha, sem ajuda de seus pais, não é a mesma coisa que viver despreocupada, sem ter que pensar em como vai pagar as contas no fim do mês! Sabe quanto que eu pago de luz, água, aluguel, telefone, todos os meses?
_ Sei, Alicia, mas não sou nenhuma inútil, posso muito bem trabalhar!
Já trabalho (de graça) para o meu pai. Posso trabalhar com hora certa e salário.
_ Hei, de graça não! Ingrata. Teu pai te dá tudo o que você merece e o que não merece!
_ Também não é assim… Virou defensora do velho, agora?…
_ Não é questão de defender, mas o velho faz tudo por você. Você sempre teve o colinho de seus pais, não é como eu, que sempre tive que “ralar” muito, para conseguir comprar uma roupinha nova…
As duas acabaram rindo da situação.
Alicia era mais velha que Bia cinco anos, era a sua melhor amiga e quem tapava os “buracos” que ela deixava com os seus pais, quando desaparecia, e deixava o telefone desligado. Alicia sempre inventava uma desculpa. A última que teve que inventar foi que ela havia bebido muito e que estava dormido em sua casa…
Era de classe baixa e trabalhava duro em uma padaria de um Senhor que era português. Fazia horas extras nos fins de semana, para seu salário render mais um pouco, mesmo assim, passava muito sufoco típico de pobre, baixa renda. Pagar um aluguel, quando o outro já está a ponto de vencer. Estava sempre reclamando de sua vida de pobre. Dizia que um dia, ainda ia se casar com um homem rico, mas vivendo onde ela vivia coitada, estava muito difícil ter acesso a um marido rico. Isso, sempre lhe dizia a sua amiga, Bia, de brincadeira.
Tinha uma família numerosa e estava acostumada a se “virar” desde que tinha 13 anos, onde teve o seu primeiro emprego. Creio que isso causava certo equilíbrio entre as duas amigas; uma, tinha o que a outra sonhava em ter: liberdade! A outra, talvez, quisesse a metade do dinheiro que o seu pai lhe dava de mesada, apenas por uns três meses…
Uma, pobre, a outra, rica. Uma, livre, enquanto a outra sonhava com a
Tal liberdade.
Alicia era uma mulher bonita, mas não tinha a atração que tinha a sua amiga Beatriz. Mesmo assim, era bela. Tinha os cabelos louros (de farmácia), pele morena, bronzeada pelo sol (que ela torrava, quando tinha folga), era mais alta que Beatriz e um pouco mais magra. Tinha uma voz meio rouca, mas era uma mulher meiga e carinhosa com os seus amigos.
A historia de como elas se conheceram é engraçada; Beatriz, tem um amigo que tem um sítio lindo, perto do lugar em que morava Alicia. Em um fim de semana prolongado, ela e seus amigos foram parar na mesma padaria onde Alicia trabalhava. Saíram do Rio em direção a esse tal sítio, mas ao chegar na cidade mais próxima, se perderam, então pararam na padaria para pedir informações. O caso é que o tal sítio está em um lugar bem escondido. Para quem não conhece a zona, fica complicado em encontrar, como Alicia nasceu naquele lugar, conhecia cada buraco daquele mato. Disse-lhes;
_ Se vocês esperarem 10 minutinhos, eu os levo até lá, depois alguém me trás, porque é um pouco longe para vir a pé, principalmente á noite.
Tenho um pouco de medo, pois é meio escuro. Só tem mato e fazendas…
Imediatamente, Beatriz simpatizou com ela. Pediu aos seus amigos para esperarem. Como eles estavam curtindo muito estar ali, naquele “mato“, aproveitaram pra ficar mais um pouco. Afinal, estavam de míni férias...pediram uma cerveja. Começaram a beber eram cinco horas da tarde, e saíram de lá as horas. Alicia acabou por sentar-se à mesa com eles, pois já tinha acabado o seu turno de trabalho e no dia seguinte era sua folga.
_Que alívio! Suspirou ela, sem ninguém perceber. Estava exausta, pois tinha entrado as 06 h 00 da manhã, mas estava feliz por ter finalmente uma folga em pleno sábado. Parecia mentira. Desde que começou a trabalhar ali, que não tinha folga em um fim de semana.
Era merecido. Estava doida para chegar a casa, tomar um banho, e descansar um pouco para sair com seus amigos, afinal, hoje é sexta feira, dia de cerveja… pensou.
O papo foi animado entre os “riquinhos”. Até ela, entrou na conversa e sem se dar conta já estava conversando com Beatriz como se fossem velhas amigas…
Ao chegarem ao sítio, ficaram todos encantados com o lugar. Era realmente lindo! Estavam mais umas seis pessoas no sítio, todos “filhos de papai“, bonitos e educados, mas safados (os homens). Já estavam pensando que ela era uma da turma e sem perguntar, um dos rapazes pegou-a ao colo e jogou-a na piscina. Foi inútil os gritos, pois estavam todos bêbados, mas havia um no meio deles que se jogou na piscina e tirou-a. Ela estava assustada e começou a chorar. Beatriz, não sabia o que fazer para lhe pedir desculpas, tentando de todas as formas acalmá-la. Finalmente, tudo voltou ao normal e Bia pegou uma camiseta limpa e deu-a para que tirasse a que estava molhada. Ela, já estava mais calma, e pediu para que alguém fosse levá-la em casa. Bia, havia a convidado para ficar com eles;
_ Nem sei como faço para te pedir desculpas e te agradecer por tudo.
Os caras são meio babacas, mas são gente boa. É que estão todos meio bêbados, sabe como é…
_ Não se preocupe Beatriz, já estou bem, e também não foi nada grave.
Eles estavam só brincando, já passou.
_ Como é mesmo o teu nome?
_ Alicia.
_ Bonito, nome, Alicia, mas, por favor, me chame de Bia, como os meus amigos, porque só quem me chama Beatriz, são os meus pais e avós.
_ Está bem, mas só se você prometer que antes de voltar para o Rio, vai a padaria me dizer tchau.
_ Prometido! Mas agora, eu mesma vou pegar o
A cidade era pequena, mas tinha os seus encantos…
Como é normal, no Brasil, pediram uma mesa do lado de fora, pois estava bastante calor e carro e te deixarei em casa, assim descubro o seu esconderijo. E qualquer dia venho tomar um café contigo. Sabe, gostei de você! Acho que seremos grandes amigas! Eu sou assim, mas sou legal, você vai ver, quando me conhecer melhor.
_ Assim como? Achei-te muito legal! Os meus amigos também te acharão, tenho certeza! Sou pobre, mas minha casa está a tua espera.
Beatriz foi levar Alicia em casa junto com um dos rapazes, que estava menos bêbado. Tinha medo, mesmo no carro. A estrada era de terra e sem luz. Estava uma noite linda. Ela, nunca tinha visto um céu tão estrelado. Estava encantada com o lugar e a paz que sentia ali.
Beijou o rosto de Alicia e prometeu voltar a vê-la. Estava feliz, não sabia o porquê, mas sabia que estava. Gostou tanto de sua nova amiga, que foi pensando nela pelo caminho; “Como a gente encontra pessoas humildes e boas por esse nosso país! Sinto-me abençoada!” Parou o carro, na estrada de terra, para sentir o cheiro que havia no ar. Respirou bem fundo e encheu os pulmões de ar puro… olhou para o céu mais uma vez e sonhou com o seu amor, que estaria em algum lugar reservado para ela.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Minha Culpa é te Amar

Livro:
Minha Culpa é te Amar
Ano: 2014
Gênero: Romance
Duas amigas, dois mundos diferentes que se unem encontrando o amor verdadeiro em meio à traição... Beatriz e Alicia são diferentes em todos os aspectos, mas isso não impede de se tornarem inseparáveis. Vivendo uma linda amizade entre o cálido Rio de Janeiro e a fria Dublin (Irlanda) até que algo muito grave acontece, colocando em risco essa linda amizade. Será que uma verdadeira amizade suportará tamanha traição? É uma prova de fogo entre o amor verdadeiro e uma amizade sincera. Até que ponto chegará essa amizade? ...

  • quarta-feira, 13 de agosto de 2014

    terça-feira, 5 de agosto de 2014

    terça-feira, 13 de dezembro de 2011

    Mais do meu livro Minha Culpa e te Amar - Trecho

    PRIMEIRA PARTE









    Quando Léo e Bia se conheceram, a atração foi quase que imediata. Ele era sério, mas ao mesmo tempo brincalhão (embora reservado). Tinha 1,84 metros de altura, cabelos e olhos negros, pele branca, derivado aos seus pais que eram italianos. Mesmo vivendo em país tão ensolarado como Brasil, conseguia manter a nobreza de uma pele puramente européia.
    Ela era diferente, sua origem era bem brasileira, embora seus avôs descendessem de alguma parte da Europa, seus traços eram bem tropicais. Tinha a pele morena clara, olhos e cabelos castanhos (embora mudasse freqüentemente de cor) escuro e um corpo bem modelado dividido em seus 1.65 metros de altura. Tinha uma espontaneidade e uma simpatia contagiante, que acabava por confundir muitos homens.
    Os seus amigos lhe amava muito, por ser uma pessoa com um coração maravilhoso e uma bondade, que admirava a todos. Com isso, não ficava fora de nenhuma festa, nem qualquer tipo de comemoração. Pois diziam eles, que uma festa sem ela não tinha a mesma graça.
    Porque com sua palhaçada, contagiava a todos e alegrava qualquer ambiente.

    Estudava filosofia e trabalhava “voluntariamente” na empresa de seu pai, nas horas vagas.
    Gostava de observar as pessoas e sonhava algum dia, encontrar o amor de sua vida. Tinha que ser um amor diferente desses que via as suas amigas chorando pelos cantos e se lamentando por isso, ou por aquilo, que lhes tinham feito os seus “amores”.
    _”Esse tipo de amor eu não quero! Pensava. _Quero um homem que seja só meu e que me ame incondicionalmente. Como sei que não existe, prefiro ficar sozinha, sonhando, porque, pelo menos em meus sonhos, o meu amor é como eu quero que ele seja!”
    Vivia insaciável, a procura (indiretamente) desse amor. Queria alguém que preenchesse o vazio que havia em seu coração. Seu hobe era literatura. A cada momento livre, estava sempre com algum livro na mão. Lia, quando comia, antes de dormir, enquanto esperava qualquer coisa, em qualquer lugar.
    Apesar de ser uma pessoa sociável, aparentemente alegre, escondia em seu interior uma pessoa frágil e assustada. Tinha terríveis pesadelos e se deprimia com facilidade. Em seu jeito forte e decidido se escondia alguém inseguro e indeciso. Mas isso, quase ninguém sabia. Somente quem a conhecesse muito bem. E isso, quase ninguém conseguia, porque ela se fechava e tentava camuflar sua verdadeira identidade.
    Às vezes, durante a noite perdia completamente o sono e sentia um medo tão forte, que via e ouvia coisas inexistentes. Tinha momentos de pavor absoluto. Tanto, que às vezes era obrigada a acordar sua irmã menor, pois era a única que lhe fazia caso e acreditava em seus temores. Tinha verdadeira paixão por essa linda menina de apenas nove anos, que a deitava em seu colinho e acariciando os seus cabelos, lhe acalmava. E acabava finalmente adormecida junto de sua irmãzinha.
    Os seus fins de semana eram uma escapatória de tudo, onde se refugiava em casa de uma amiga (no subúrbio do Rio de Janeiro) e se sentia completamente fora de sua realidade. Por isso, se sentia feliz. Estava muito além de seu “mundinho” habitual, mas se sentia muito mais perto de sua realidade. Sentia-se confortavelmente feliz ao lado de seus amigos e pensava que pudesse juntar os dois mundos e fazer o seu mundo…
    Acho que era isso que ela fazia em seus sonhos.
    Vivia com os seus pais, mas tinha uma enorme vontade de ter o seu próprio canto. Ás vezes comentava com a sua amiga;
    _ Preciso encontrar a minha liberdade, mas antes, preciso ter o meu cantinho para viver em paz. Não que eu não tenha paz em minha casa, mas não é a mesma coisa. Imagina poder receber os meus amigos em minha própria casa, sem ter que dar satisfações para quem quer que seja ou ter alguém reclamando da bagunça no dia seguinte!
    _ Nesse ponto você tem razão, Bia. Disse Alicia, sua melhor amiga.
    _ Mas você tem que ter em conta que viver sozinha, sem ajuda de seus pais, não é a mesma coisa que viver despreocupada, sem ter que pensar em como vai pagar as contas no fim do mês! Sabe quanto que eu pago de luz, água, aluguel, telefone, todos os meses?
    _ Sei, Alicia, mas não sou nenhuma inútil, posso muito bem trabalhar!
    Já trabalho (de graça) para o meu pai. Posso trabalhar com hora certa e salário.
    _ Hei, de graça não! Ingrata. Teu pai te dá tudo o que você merece e o que não merece!
    _ Também não é assim… Virou defensora do velho, agora?…
    _ Não é questão de defender, mas o velho faz tudo por você. Você sempre teve o colinho de seus pais, não é como eu, que sempre tive que “ralar” muito, para conseguir comprar uma roupinha nova…
    As duas acabaram rindo da situação.
    Alicia era mais velha que Bia cinco anos, era a sua melhor amiga e quem tapava os “buracos” que ela deixava com os seus pais, quando desaparecia, e deixava o telefone desligado. Alicia sempre inventava uma desculpa. A última que teve que inventar foi que ela havia bebido muito e que estava dormido em sua casa…
    Era de classe baixa e trabalhava duro em uma padaria de um Senhor que era português. Fazia horas extras nos fins de semana, para seu salário render mais um pouco, mesmo assim, passava muito sufoco típico de pobre, baixa renda. Pagar um aluguel, quando o outro já está a ponto de vencer. Estava sempre reclamando de sua vida de pobre. Dizia que um dia, ainda ia se casar com um homem rico, mas vivendo onde ela vivia coitada, estava muito difícil ter acesso a um marido rico. Isso, sempre lhe dizia a sua amiga, Bia, de brincadeira.
    Tinha uma família numerosa e estava acostumada a se “virar” desde que tinha 13 anos, onde teve o seu primeiro emprego. Creio que isso causava certo equilíbrio entre as duas amigas; uma, tinha o que a outra sonhava em ter: liberdade! A outra, talvez, quisesse a metade do dinheiro que o seu pai lhe dava de mesada, apenas por uns três meses…
    Uma, pobre, a outra, rica. Uma, livre, enquanto a outra sonhava com a
    Tal liberdade.
    Alicia era uma mulher bonita, mas não tinha a atração que tinha a sua amiga Beatriz. Mesmo assim, era bela. Tinha os cabelos louros (de farmácia), pele morena, bronzeada pelo sol (que ela torrava, quando tinha folga), era mais alta que Beatriz e um pouco mais magra. Tinha uma voz meio rouca, mas era uma mulher meiga e carinhosa com os seus amigos.
    A historia de como elas se conheceram é engraçada; Beatriz, tem um amigo que tem um sítio lindo, perto do lugar em que morava Alicia. Em um fim de semana prolongado, ela e seus amigos foram parar na mesma padaria onde Alicia trabalhava. Saíram do Rio em direção a esse tal sítio, mas ao chegar na cidade mais próxima, se perderam, então pararam na padaria para pedir informações. O caso é que o tal sítio está em um lugar bem escondido. Para quem não conhece a zona, fica complicado em encontrar, como Alicia nasceu naquele lugar, conhecia cada buraco daquele mato. Disse-lhes;
    _ Se vocês esperarem 10 minutinhos, eu os levo até lá, depois alguém me trás, porque é um pouco longe para vir a pé, principalmente á noite.
    Tenho um pouco de medo, pois é meio escuro. Só tem mato e fazendas…
    Imediatamente, Beatriz simpatizou com ela. Pediu aos seus amigos para esperarem. Como eles estavam curtindo muito estar ali, naquele “mato“, aproveitaram pra ficar mais um pouco. Afinal, estavam de míni férias...pediram uma cerveja. Começaram a beber eram cinco horas da tarde, e saíram de lá as horas. Alicia acabou por sentar-se à mesa com eles, pois já tinha acabado o seu turno de trabalho e no dia seguinte era sua folga.
    _Que alívio! Suspirou ela, sem ninguém perceber. Estava exausta, pois tinha entrado as 06 h 00 da manhã, mas estava feliz por ter finalmente uma folga em pleno sábado. Parecia mentira. Desde que começou a trabalhar ali, que não tinha folga em um fim de semana.
    Era merecido. Estava doida para chegar a casa, tomar um banho, e descansar um pouco para sair com seus amigos, afinal, hoje é sexta feira, dia de cerveja… pensou.
    O papo foi animado entre os “riquinhos”. Até ela, entrou na conversa e sem se dar conta já estava conversando com Beatriz como se fossem velhas amigas…
    Ao chegarem ao sítio, ficaram todos encantados com o lugar. Era realmente lindo! Estavam mais umas seis pessoas no sítio, todos “filhos de papai“, bonitos e educados, mas safados (os homens). Já estavam pensando que ela era uma da turma e sem perguntar, um dos rapazes pegou-a ao colo e jogou-a na piscina. Foi inútil os gritos, pois estavam todos bêbados, mas havia um no meio deles que se jogou na piscina e tirou-a. Ela estava assustada e começou a chorar. Beatriz, não sabia o que fazer para lhe pedir desculpas, tentando de todas as formas acalmá-la. Finalmente, tudo voltou ao normal e Bia pegou uma camiseta limpa e deu-a para que tirasse a que estava molhada. Ela, já estava mais calma, e pediu para que alguém fosse levá-la em casa. Bia, havia a convidado para ficar com eles;
    _ Nem sei como faço para te pedir desculpas e te agradecer por tudo.
    Os caras são meio babacas, mas são gente boa. É que estão todos meio bêbados, sabe como é…
    _ Não se preocupe Beatriz, já estou bem, e também não foi nada grave.
    Eles estavam só brincando, já passou.
    _ Como é mesmo o teu nome?
    _ Alicia.
    _ Bonito, nome, Alicia, mas, por favor, me chame de Bia, como os meus amigos, porque só quem me chama Beatriz, são os meus pais e avós.
    _ Está bem, mas só se você prometer que antes de voltar para o Rio, vai a padaria me dizer tchau.
    _ Prometido! Mas agora, eu mesma vou pegar o
    A cidade era pequena, mas tinha os seus encantos…
    Como é normal, no Brasil, pediram uma mesa do lado de fora, pois estava bastante calor e carro e te deixarei em casa, assim descubro o seu esconderijo. E qualquer dia venho tomar um café contigo. Sabe, gostei de você! Acho que seremos grandes amigas! Eu sou assim, mas sou legal, você vai ver, quando me conhecer melhor.
    _ Assim como? Achei-te muito legal! Os meus amigos também te acharão, tenho certeza! Sou pobre, mas minha casa está a tua espera.
    Beatriz foi levar Alicia em casa junto com um dos rapazes, que estava menos bêbado. Tinha medo, mesmo no carro. A estrada era de terra e sem luz. Estava uma noite linda. Ela, nunca tinha visto um céu tão estrelado. Estava encantada com o lugar e a paz que sentia ali.
    Beijou o rosto de Alicia e prometeu voltar a vê-la. Estava feliz, não sabia o porquê, mas sabia que estava. Gostou tanto de sua nova amiga, que foi pensando nela pelo caminho; “Como a gente encontra pessoas humildes e boas por esse nosso país! Sinto-me abençoada!” Parou o carro, na estrada de terra, para sentir o cheiro que havia no ar. Respirou bem fundo e encheu os pulmões de ar puro… olhou para o céu mais uma vez e sonhou com o seu amor, que estaria em algum lugar reservado para ela.

    quarta-feira, 5 de outubro de 2011

    Meu livro MINHA CULPA É TE AMAR

    “Estou em um terreno pantanoso. Caminhando por um lugar desconhecido.
    Cada passo, um risco da fatalidade. Estou em silêncio, apenas ouço ruídos estranhos que vem, não sei de onde… Está escuro. Tenho medo. O perigo ronda por todo lado, a cada canto desse lugar,
    existe uma surpresa desconhecida. Pode ser fatal.
    O clima está tenso. O céu está carregado de nuvens negras.  A qualquer momento desaba um temporal…
    Não sei de onde surgirá o inimigo, mas sei que está por perto e a qualquer momento virá o ataque. Sinto o cheiro do pavor…
    O silêncio me assusta. Às vezes tenho medo, às vezes, não.
    Não posso continuar aqui, mas não posso avançar, nem recuar…
    Tão pouco posso ficar parado esperando o ataque. O que faço?
    Há uma estratégia para sair desse território minado, mas é preciso ter calma para achá-la. Conheço os meus inimigos, mas não sei de onde surgirão. Preciso ter calma. Ficar quieta e deixar que os meus neurônios façam alguma coisa, para achar a saída, com vida e sem grandes ferimentos.
    Tudo é possível!” Pensou…
    “Mas porque fico pensando essas coisas? Parece que estou indo para um campo de batalha… bom, mas não deixa de ser uma batalha, uma velha batalha, que mais cedo ou mais tarde, teria que enfrentá-la! …
    Às vezes, acho que estou ficando louca. Parece irreal, isso que estou vivendo agora.
    Ao mesmo tempo em que me assusta me empurra… parece uma força magnética.  Sei lá, como isso se chama! Só sei que estou aqui falando sozinha, seguindo em direção ao meu maior medo,
    sem conseguir retroceder”…
    Ela pensou e seguiu em frente, com os seus pensamentos ainda confusos pelo encontro inesperado, com o seu passado, agora, tão presente e tão perto do seu futuro…
    “O mundo é mesmo pequeno.” Pensou de novo, enquanto olhava a chuva caindo pelo vidro do carro…
    “Cada passo que dou tentando fugir do inevitável, ele vem atrás de mim, me
    perseguindo e me encurralando. Tento escapar desse sentimento, quase insano, mas
    por mais longe que consigo chegar, o encontro no meio do caminho.
    Sua sombra me persegue, sem chance de escape.
    Então, resolvi lhe aceitar. Já não vou tentar fugir de dele. Seu amor me faz bem e mal…
    Caramba! Até aqui, não escapo de você?  Continuou imersa em seus pensamentos…
     “É estranho a nossa forma de amar. Depois de tanto tempo tentando acreditar que
    nos odiamos, finalmente assumimos, mesmo sem querer, que nos amamos.
    Acabei de aceitar que gosto de sentir o que sinto, porque simplesmente não posso fugir de mim mesma. É um misto de sentimento que me faz tão bem e tão mal ao mesmo tempo, mas quem sou eu, para seguir lutando contra algo que inevitavelmente conseguiu sobreviver ao tempo e a distância…
    Deu a volta com o carro e seguiu em direção ao hotel. Estava decidida a se entregar ao seu amor sem qualquer sentimento que a fizesse desistir. Foi à decisão mais difícil de sua vida. Muita coisa estava em jogo. Muito sentimento misturado em sua cabeça, mas era algo inevitável. Tinha que acontecer, ali ou em qualquer parte do mundo onde eles se encontrassem, porque havia algo mal resolvido, guardado em alguma gaveta
    do seu passado e agora, sem querer havia encontrado. Tinha a certeza de que não poderia deixar para depois, pois assim estava escrito:
    “Algum dia te encontrarei e sem tentar fugir, ou pensar no que virá depois, te amarei.
    Mesmo que tenha que te deixar para trás, outra vez e para sempre, te amarei
    e te direi tudo o que senti, longe do teu amor e me entregarei a ti, de corpo e alma, sem pudor…
    Ao entregar-te o meu corpo, te entregarei a chave do meu coração, pois lhe fecharei
    ao amor. Nunca mais amarei outro homem, se não você! Meu amor estará aqui,
    dentro do meu peito e só você terá acesso à entrada, mas ninguém. Te amarei e partirei, porque sei que o teu amor, nunca poderá ser meu, ou melhor, o seu corpo, a sua presença, porque o teu amor será para sempre para mim, pois nascemos um para o outro. “Mas nos conhecemos no lugar errado, na hora equivocada…”
    Mas uma vez se atropelou em seus pensamentos e disse a si mesma em voz alta;
    As palavras ditas, tem muito poder, mas se perdem pelo ar, mas as que estão escritas ficam guardadas como um testamento que algum dia tem que ser aberto. Parece que é como uma profecia que acaba por se cumprir. Perigoso escrever certas coisas. Sem premeditar, elas acabam se concretizando…
    Ligou o rádio, para tentar distrair um pouco os seus pensamentos conflituosos.
    Quando se deu conta, estava em frente ao hotel. Só faltava a coragem para entrar e
    executar as suas loucas decisões. Estava tremula e nervosa, mas convicta de que
    não voltaria atrás com a sua decisão…
    Ouvia repetidamente a mesma música e acabava de se dar conta de que a música, também era uma promessa que iria ser cumprida agora…
    Saiu do carro, andou bem devagar, enquanto a chuva forte batia em seu rosto e lhe fazia sentir algo que nem ela entendia. Achou melhor parar de pensar e agir apenas com o seu instinto irracional…


    Ela pensou e seguiu em frente, com os seus pensamentos ainda confusos pelo
    encontro inesperado, com o seu passado, agora, tão presente e tão perto do seu
    futuro…
    “O mundo é mesmo pequeno.” Pensou de novo, enquanto olhava a chuva caindo
    pelo vidro do carro…
    “Cada passo que dou tentando fugir do inevitável, ele vem atrás de mim, me
    perseguindo e me encurralando. Tento escapar desse sentimento, quase insano, mas
    por mais longe que consigo chegar, o encontro no meio do caminho.
    Sua sombra me persegue, sem chance de escape. Então, resolvi lhe aceitar. Já não
    vou tentar fugir de dele.
    Seu amor me faz bem e mal… Caramba! Até aqui, não escapo de você? Continuou
    imersa em seus pensamentos…
    “É estranho a nossa forma de amar. Depois de tanto tempo tentando acreditar que
    nos odiamos, finalmente assumimos, mesmo sem querer, que nos amamos.
    Acabei de aceitar que gosto de sentir o que sinto, porque simplesmente não posso
    fugir de mim mesma. É um misto de sentimento que me faz tão bem e tão mal ao
    mesmo tempo, mas quem sou eu, para seguir lutando contra algo que inevitavelmente
    conseguiu sobreviver ao tempo e a distância…
    Deu a volta com o carro e seguiu em direção ao hotel. Estava decidida a se entregar
    ao seu amor sem qualquer sentimento que a fizesse desistir. Foi à decisão mais difícil
    de sua vida. Muita coisa estava em jogo. Muito sentimento misturado em sua cabeça,
    mas era algo inevitável. Tinha que acontecer, ali ou em qualquer parte do mundo onde
    eles se encontrassem, porque havia algo mal resolvido, guardado em alguma gaveta
    do seu passado e agora, sem querer havia encontrado. Tinha a certeza de que não
    poderia deixar para depois, pois assim estava escrito: “Algum dia te encontrarei e sem
    tentar fugir, ou pensar no que virá depois, te amarei. Mesmo que tenha que te deixar
    para trás, outra vez e para sempre, te amarei e te direi tudo o que senti, longe do teu
    amor e me entregarei a ti, de corpo e alma, sem pudor…
    Ao entregar-te o meu corpo, te entregarei a chave do meu coração, pois lhe fecharei
    ao amor. Nunca mais amarei outro homem, se não você! Meu amor estará aqui,
    dentro do meu peito e só você terá acesso à entrada, mas ninguém. Te amarei e
    partirei, porque sei que o teu amor, nunca poderá ser meu, ou melhor, o seu corpo, a
    sua presença, porque o teu amor será para sempre para mim, pois nascemos um
    para o outro. “Mas nos conhecemos no lugar errado, na hora equivocada…”


    Debaixo da Mesma Lua, Uma historia de amor e Vinhos

    Debaixo da Mesma Lua, Uma historia de amor e Vinhos Vem comigo na construção de um lindo romance. Vou compartilhar vários trechos desse roma...