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segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Trecho do livro Minha Culpa é Te Amar

 












Quando Léo e Bia se conheceram, a atração foi quase que imediata. Ele era sério, mas ao mesmo tempo brincalhão (embora reservado). Tinha 1,84 metros de altura, cabelos e olhos negros, pele branca, derivado aos seus pais que eram italianos. Mesmo vivendo em país tão ensolarado como Brasil, conseguia manter a nobreza de uma pele puramente européia.
Ela era diferente, sua origem era bem brasileira, embora seus avôs descendessem de alguma parte da Europa, seus traços eram bem tropicais. Tinha a pele morena clara, olhos e cabelos castanhos (embora mudasse freqüentemente de cor) escuro e um corpo bem modelado dividido em seus 1.65 metros de altura. Tinha uma espontaneidade e uma simpatia contagiante, que acabava por confundir muitos homens.
Os seus amigos lhe amava muito, por ser uma pessoa com um coração maravilhoso e uma bondade, que admirava a todos. Com isso, não ficava fora de nenhuma festa, nem qualquer tipo de comemoração. Pois diziam eles, que uma festa sem ela não tinha a mesma graça.
Porque com sua palhaçada, contagiava a todos e alegrava qualquer ambiente.

Estudava filosofia e trabalhava “voluntariamente” na empresa de seu pai, nas horas vagas.
Gostava de observar as pessoas e sonhava algum dia, encontrar o amor de sua vida. Tinha que ser um amor diferente desses que via as suas amigas chorando pelos cantos e se lamentando por isso, ou por aquilo, que lhes tinham feito os seus “amores”.
_”Esse tipo de amor eu não quero! Pensava. _Quero um homem que seja só meu e que me ame incondicionalmente. Como sei que não existe, prefiro ficar sozinha, sonhando, porque, pelo menos em meus sonhos, o meu amor é como eu quero que ele seja!”
Vivia insaciável, a procura (indiretamente) desse amor. Queria alguém que preenchesse o vazio que havia em seu coração. Seu hobe era literatura. A cada momento livre, estava sempre com algum livro na mão. Lia, quando comia, antes de dormir, enquanto esperava qualquer coisa, em qualquer lugar.
Apesar de ser uma pessoa sociável, aparentemente alegre, escondia em seu interior uma pessoa frágil e assustada. Tinha terríveis pesadelos e se deprimia com facilidade. Em seu jeito forte e decidido se escondia alguém inseguro e indeciso. Mas isso, quase ninguém sabia. Somente quem a conhecesse muito bem. E isso, quase ninguém conseguia, porque ela se fechava e tentava camuflar sua verdadeira identidade.
Às vezes, durante a noite perdia completamente o sono e sentia um medo tão forte, que via e ouvia coisas inexistentes. Tinha momentos de pavor absoluto. Tanto, que às vezes era obrigada a acordar sua irmã menor, pois era a única que lhe fazia caso e acreditava em seus temores. Tinha verdadeira paixão por essa linda menina de apenas nove anos, que a deitava em seu colinho e acariciando os seus cabelos, lhe acalmava. E acabava finalmente adormecida junto de sua irmãzinha.
Os seus fins de semana eram uma escapatória de tudo, onde se refugiava em casa de uma amiga (no subúrbio do Rio de Janeiro) e se sentia completamente fora de sua realidade. Por isso, se sentia feliz. Estava muito além de seu “mundinho” habitual, mas se sentia muito mais perto de sua realidade. Sentia-se confortavelmente feliz ao lado de seus amigos e pensava que pudesse juntar os dois mundos e fazer o seu mundo…
Acho que era isso que ela fazia em seus sonhos.
Vivia com os seus pais, mas tinha uma enorme vontade de ter o seu próprio canto. Ás vezes comentava com a sua amiga;
_ Preciso encontrar a minha liberdade, mas antes, preciso ter o meu cantinho para viver em paz. Não que eu não tenha paz em minha casa, mas não é a mesma coisa. Imagina poder receber os meus amigos em minha própria casa, sem ter que dar satisfações para quem quer que seja ou ter alguém reclamando da bagunça no dia seguinte!
_ Nesse ponto você tem razão, Bia. Disse Alicia, sua melhor amiga.
_ Mas você tem que ter em conta que viver sozinha, sem ajuda de seus pais, não é a mesma coisa que viver despreocupada, sem ter que pensar em como vai pagar as contas no fim do mês! Sabe quanto que eu pago de luz, água, aluguel, telefone, todos os meses?
_ Sei, Alicia, mas não sou nenhuma inútil, posso muito bem trabalhar!
Já trabalho (de graça) para o meu pai. Posso trabalhar com hora certa e salário.
_ Hei, de graça não! Ingrata. Teu pai te dá tudo o que você merece e o que não merece!
_ Também não é assim… Virou defensora do velho, agora?…
_ Não é questão de defender, mas o velho faz tudo por você. Você sempre teve o colinho de seus pais, não é como eu, que sempre tive que “ralar” muito, para conseguir comprar uma roupinha nova…
As duas acabaram rindo da situação.
Alicia era mais velha que Bia cinco anos, era a sua melhor amiga e quem tapava os “buracos” que ela deixava com os seus pais, quando desaparecia, e deixava o telefone desligado. Alicia sempre inventava uma desculpa. A última que teve que inventar foi que ela havia bebido muito e que estava dormido em sua casa…
Era de classe baixa e trabalhava duro em uma padaria de um Senhor que era português. Fazia horas extras nos fins de semana, para seu salário render mais um pouco, mesmo assim, passava muito sufoco típico de pobre, baixa renda. Pagar um aluguel, quando o outro já está a ponto de vencer. Estava sempre reclamando de sua vida de pobre. Dizia que um dia, ainda ia se casar com um homem rico, mas vivendo onde ela vivia coitada, estava muito difícil ter acesso a um marido rico. Isso, sempre lhe dizia a sua amiga, Bia, de brincadeira.
Tinha uma família numerosa e estava acostumada a se “virar” desde que tinha 13 anos, onde teve o seu primeiro emprego. Creio que isso causava certo equilíbrio entre as duas amigas; uma, tinha o que a outra sonhava em ter: liberdade! A outra, talvez, quisesse a metade do dinheiro que o seu pai lhe dava de mesada, apenas por uns três meses…
Uma, pobre, a outra, rica. Uma, livre, enquanto a outra sonhava com a
Tal liberdade.
Alicia era uma mulher bonita, mas não tinha a atração que tinha a sua amiga Beatriz. Mesmo assim, era bela. Tinha os cabelos louros (de farmácia), pele morena, bronzeada pelo sol (que ela torrava, quando tinha folga), era mais alta que Beatriz e um pouco mais magra. Tinha uma voz meio rouca, mas era uma mulher meiga e carinhosa com os seus amigos.
A historia de como elas se conheceram é engraçada; Beatriz, tem um amigo que tem um sítio lindo, perto do lugar em que morava Alicia. Em um fim de semana prolongado, ela e seus amigos foram parar na mesma padaria onde Alicia trabalhava. Saíram do Rio em direção a esse tal sítio, mas ao chegar na cidade mais próxima, se perderam, então pararam na padaria para pedir informações. O caso é que o tal sítio está em um lugar bem escondido. Para quem não conhece a zona, fica complicado em encontrar, como Alicia nasceu naquele lugar, conhecia cada buraco daquele mato. Disse-lhes;
_ Se vocês esperarem 10 minutinhos, eu os levo até lá, depois alguém me trás, porque é um pouco longe para vir a pé, principalmente á noite.
Tenho um pouco de medo, pois é meio escuro. Só tem mato e fazendas…
Imediatamente, Beatriz simpatizou com ela. Pediu aos seus amigos para esperarem. Como eles estavam curtindo muito estar ali, naquele “mato“, aproveitaram pra ficar mais um pouco. Afinal, estavam de míni férias...pediram uma cerveja. Começaram a beber eram cinco horas da tarde, e saíram de lá as horas. Alicia acabou por sentar-se à mesa com eles, pois já tinha acabado o seu turno de trabalho e no dia seguinte era sua folga.
_Que alívio! Suspirou ela, sem ninguém perceber. Estava exausta, pois tinha entrado as 06 h 00 da manhã, mas estava feliz por ter finalmente uma folga em pleno sábado. Parecia mentira. Desde que começou a trabalhar ali, que não tinha folga em um fim de semana.
Era merecido. Estava doida para chegar a casa, tomar um banho, e descansar um pouco para sair com seus amigos, afinal, hoje é sexta feira, dia de cerveja… pensou.
O papo foi animado entre os “riquinhos”. Até ela, entrou na conversa e sem se dar conta já estava conversando com Beatriz como se fossem velhas amigas…
Ao chegarem ao sítio, ficaram todos encantados com o lugar. Era realmente lindo! Estavam mais umas seis pessoas no sítio, todos “filhos de papai“, bonitos e educados, mas safados (os homens). Já estavam pensando que ela era uma da turma e sem perguntar, um dos rapazes pegou-a ao colo e jogou-a na piscina. Foi inútil os gritos, pois estavam todos bêbados, mas havia um no meio deles que se jogou na piscina e tirou-a. Ela estava assustada e começou a chorar. Beatriz, não sabia o que fazer para lhe pedir desculpas, tentando de todas as formas acalmá-la. Finalmente, tudo voltou ao normal e Bia pegou uma camiseta limpa e deu-a para que tirasse a que estava molhada. Ela, já estava mais calma, e pediu para que alguém fosse levá-la em casa. Bia, havia a convidado para ficar com eles;
_ Nem sei como faço para te pedir desculpas e te agradecer por tudo.
Os caras são meio babacas, mas são gente boa. É que estão todos meio bêbados, sabe como é…
_ Não se preocupe Beatriz, já estou bem, e também não foi nada grave.
Eles estavam só brincando, já passou.
_ Como é mesmo o teu nome?
_ Alicia.
_ Bonito, nome, Alicia, mas, por favor, me chame de Bia, como os meus amigos, porque só quem me chama Beatriz, são os meus pais e avós.
_ Está bem, mas só se você prometer que antes de voltar para o Rio, vai a padaria me dizer tchau.
_ Prometido! Mas agora, eu mesma vou pegar o
A cidade era pequena, mas tinha os seus encantos…
Como é normal, no Brasil, pediram uma mesa do lado de fora, pois estava bastante calor e carro e te deixarei em casa, assim descubro o seu esconderijo. E qualquer dia venho tomar um café contigo. Sabe, gostei de você! Acho que seremos grandes amigas! Eu sou assim, mas sou legal, você vai ver, quando me conhecer melhor.
_ Assim como? Achei-te muito legal! Os meus amigos também te acharão, tenho certeza! Sou pobre, mas minha casa está a tua espera.
Beatriz foi levar Alicia em casa junto com um dos rapazes, que estava menos bêbado. Tinha medo, mesmo no carro. A estrada era de terra e sem luz. Estava uma noite linda. Ela, nunca tinha visto um céu tão estrelado. Estava encantada com o lugar e a paz que sentia ali.
Beijou o rosto de Alicia e prometeu voltar a vê-la. Estava feliz, não sabia o porquê, mas sabia que estava. Gostou tanto de sua nova amiga, que foi pensando nela pelo caminho; “Como a gente encontra pessoas humildes e boas por esse nosso país! Sinto-me abençoada!” Parou o carro, na estrada de terra, para sentir o cheiro que havia no ar. Respirou bem fundo e encheu os pulmões de ar puro… olhou para o céu mais uma vez e sonhou com o seu amor, que estaria em algum lugar reservado para ela.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Mais do meu livro Minha Culpa e te Amar - Trecho

PRIMEIRA PARTE









Quando Léo e Bia se conheceram, a atração foi quase que imediata. Ele era sério, mas ao mesmo tempo brincalhão (embora reservado). Tinha 1,84 metros de altura, cabelos e olhos negros, pele branca, derivado aos seus pais que eram italianos. Mesmo vivendo em país tão ensolarado como Brasil, conseguia manter a nobreza de uma pele puramente européia.
Ela era diferente, sua origem era bem brasileira, embora seus avôs descendessem de alguma parte da Europa, seus traços eram bem tropicais. Tinha a pele morena clara, olhos e cabelos castanhos (embora mudasse freqüentemente de cor) escuro e um corpo bem modelado dividido em seus 1.65 metros de altura. Tinha uma espontaneidade e uma simpatia contagiante, que acabava por confundir muitos homens.
Os seus amigos lhe amava muito, por ser uma pessoa com um coração maravilhoso e uma bondade, que admirava a todos. Com isso, não ficava fora de nenhuma festa, nem qualquer tipo de comemoração. Pois diziam eles, que uma festa sem ela não tinha a mesma graça.
Porque com sua palhaçada, contagiava a todos e alegrava qualquer ambiente.

Estudava filosofia e trabalhava “voluntariamente” na empresa de seu pai, nas horas vagas.
Gostava de observar as pessoas e sonhava algum dia, encontrar o amor de sua vida. Tinha que ser um amor diferente desses que via as suas amigas chorando pelos cantos e se lamentando por isso, ou por aquilo, que lhes tinham feito os seus “amores”.
_”Esse tipo de amor eu não quero! Pensava. _Quero um homem que seja só meu e que me ame incondicionalmente. Como sei que não existe, prefiro ficar sozinha, sonhando, porque, pelo menos em meus sonhos, o meu amor é como eu quero que ele seja!”
Vivia insaciável, a procura (indiretamente) desse amor. Queria alguém que preenchesse o vazio que havia em seu coração. Seu hobe era literatura. A cada momento livre, estava sempre com algum livro na mão. Lia, quando comia, antes de dormir, enquanto esperava qualquer coisa, em qualquer lugar.
Apesar de ser uma pessoa sociável, aparentemente alegre, escondia em seu interior uma pessoa frágil e assustada. Tinha terríveis pesadelos e se deprimia com facilidade. Em seu jeito forte e decidido se escondia alguém inseguro e indeciso. Mas isso, quase ninguém sabia. Somente quem a conhecesse muito bem. E isso, quase ninguém conseguia, porque ela se fechava e tentava camuflar sua verdadeira identidade.
Às vezes, durante a noite perdia completamente o sono e sentia um medo tão forte, que via e ouvia coisas inexistentes. Tinha momentos de pavor absoluto. Tanto, que às vezes era obrigada a acordar sua irmã menor, pois era a única que lhe fazia caso e acreditava em seus temores. Tinha verdadeira paixão por essa linda menina de apenas nove anos, que a deitava em seu colinho e acariciando os seus cabelos, lhe acalmava. E acabava finalmente adormecida junto de sua irmãzinha.
Os seus fins de semana eram uma escapatória de tudo, onde se refugiava em casa de uma amiga (no subúrbio do Rio de Janeiro) e se sentia completamente fora de sua realidade. Por isso, se sentia feliz. Estava muito além de seu “mundinho” habitual, mas se sentia muito mais perto de sua realidade. Sentia-se confortavelmente feliz ao lado de seus amigos e pensava que pudesse juntar os dois mundos e fazer o seu mundo…
Acho que era isso que ela fazia em seus sonhos.
Vivia com os seus pais, mas tinha uma enorme vontade de ter o seu próprio canto. Ás vezes comentava com a sua amiga;
_ Preciso encontrar a minha liberdade, mas antes, preciso ter o meu cantinho para viver em paz. Não que eu não tenha paz em minha casa, mas não é a mesma coisa. Imagina poder receber os meus amigos em minha própria casa, sem ter que dar satisfações para quem quer que seja ou ter alguém reclamando da bagunça no dia seguinte!
_ Nesse ponto você tem razão, Bia. Disse Alicia, sua melhor amiga.
_ Mas você tem que ter em conta que viver sozinha, sem ajuda de seus pais, não é a mesma coisa que viver despreocupada, sem ter que pensar em como vai pagar as contas no fim do mês! Sabe quanto que eu pago de luz, água, aluguel, telefone, todos os meses?
_ Sei, Alicia, mas não sou nenhuma inútil, posso muito bem trabalhar!
Já trabalho (de graça) para o meu pai. Posso trabalhar com hora certa e salário.
_ Hei, de graça não! Ingrata. Teu pai te dá tudo o que você merece e o que não merece!
_ Também não é assim… Virou defensora do velho, agora?…
_ Não é questão de defender, mas o velho faz tudo por você. Você sempre teve o colinho de seus pais, não é como eu, que sempre tive que “ralar” muito, para conseguir comprar uma roupinha nova…
As duas acabaram rindo da situação.
Alicia era mais velha que Bia cinco anos, era a sua melhor amiga e quem tapava os “buracos” que ela deixava com os seus pais, quando desaparecia, e deixava o telefone desligado. Alicia sempre inventava uma desculpa. A última que teve que inventar foi que ela havia bebido muito e que estava dormido em sua casa…
Era de classe baixa e trabalhava duro em uma padaria de um Senhor que era português. Fazia horas extras nos fins de semana, para seu salário render mais um pouco, mesmo assim, passava muito sufoco típico de pobre, baixa renda. Pagar um aluguel, quando o outro já está a ponto de vencer. Estava sempre reclamando de sua vida de pobre. Dizia que um dia, ainda ia se casar com um homem rico, mas vivendo onde ela vivia coitada, estava muito difícil ter acesso a um marido rico. Isso, sempre lhe dizia a sua amiga, Bia, de brincadeira.
Tinha uma família numerosa e estava acostumada a se “virar” desde que tinha 13 anos, onde teve o seu primeiro emprego. Creio que isso causava certo equilíbrio entre as duas amigas; uma, tinha o que a outra sonhava em ter: liberdade! A outra, talvez, quisesse a metade do dinheiro que o seu pai lhe dava de mesada, apenas por uns três meses…
Uma, pobre, a outra, rica. Uma, livre, enquanto a outra sonhava com a
Tal liberdade.
Alicia era uma mulher bonita, mas não tinha a atração que tinha a sua amiga Beatriz. Mesmo assim, era bela. Tinha os cabelos louros (de farmácia), pele morena, bronzeada pelo sol (que ela torrava, quando tinha folga), era mais alta que Beatriz e um pouco mais magra. Tinha uma voz meio rouca, mas era uma mulher meiga e carinhosa com os seus amigos.
A historia de como elas se conheceram é engraçada; Beatriz, tem um amigo que tem um sítio lindo, perto do lugar em que morava Alicia. Em um fim de semana prolongado, ela e seus amigos foram parar na mesma padaria onde Alicia trabalhava. Saíram do Rio em direção a esse tal sítio, mas ao chegar na cidade mais próxima, se perderam, então pararam na padaria para pedir informações. O caso é que o tal sítio está em um lugar bem escondido. Para quem não conhece a zona, fica complicado em encontrar, como Alicia nasceu naquele lugar, conhecia cada buraco daquele mato. Disse-lhes;
_ Se vocês esperarem 10 minutinhos, eu os levo até lá, depois alguém me trás, porque é um pouco longe para vir a pé, principalmente á noite.
Tenho um pouco de medo, pois é meio escuro. Só tem mato e fazendas…
Imediatamente, Beatriz simpatizou com ela. Pediu aos seus amigos para esperarem. Como eles estavam curtindo muito estar ali, naquele “mato“, aproveitaram pra ficar mais um pouco. Afinal, estavam de míni férias...pediram uma cerveja. Começaram a beber eram cinco horas da tarde, e saíram de lá as horas. Alicia acabou por sentar-se à mesa com eles, pois já tinha acabado o seu turno de trabalho e no dia seguinte era sua folga.
_Que alívio! Suspirou ela, sem ninguém perceber. Estava exausta, pois tinha entrado as 06 h 00 da manhã, mas estava feliz por ter finalmente uma folga em pleno sábado. Parecia mentira. Desde que começou a trabalhar ali, que não tinha folga em um fim de semana.
Era merecido. Estava doida para chegar a casa, tomar um banho, e descansar um pouco para sair com seus amigos, afinal, hoje é sexta feira, dia de cerveja… pensou.
O papo foi animado entre os “riquinhos”. Até ela, entrou na conversa e sem se dar conta já estava conversando com Beatriz como se fossem velhas amigas…
Ao chegarem ao sítio, ficaram todos encantados com o lugar. Era realmente lindo! Estavam mais umas seis pessoas no sítio, todos “filhos de papai“, bonitos e educados, mas safados (os homens). Já estavam pensando que ela era uma da turma e sem perguntar, um dos rapazes pegou-a ao colo e jogou-a na piscina. Foi inútil os gritos, pois estavam todos bêbados, mas havia um no meio deles que se jogou na piscina e tirou-a. Ela estava assustada e começou a chorar. Beatriz, não sabia o que fazer para lhe pedir desculpas, tentando de todas as formas acalmá-la. Finalmente, tudo voltou ao normal e Bia pegou uma camiseta limpa e deu-a para que tirasse a que estava molhada. Ela, já estava mais calma, e pediu para que alguém fosse levá-la em casa. Bia, havia a convidado para ficar com eles;
_ Nem sei como faço para te pedir desculpas e te agradecer por tudo.
Os caras são meio babacas, mas são gente boa. É que estão todos meio bêbados, sabe como é…
_ Não se preocupe Beatriz, já estou bem, e também não foi nada grave.
Eles estavam só brincando, já passou.
_ Como é mesmo o teu nome?
_ Alicia.
_ Bonito, nome, Alicia, mas, por favor, me chame de Bia, como os meus amigos, porque só quem me chama Beatriz, são os meus pais e avós.
_ Está bem, mas só se você prometer que antes de voltar para o Rio, vai a padaria me dizer tchau.
_ Prometido! Mas agora, eu mesma vou pegar o
A cidade era pequena, mas tinha os seus encantos…
Como é normal, no Brasil, pediram uma mesa do lado de fora, pois estava bastante calor e carro e te deixarei em casa, assim descubro o seu esconderijo. E qualquer dia venho tomar um café contigo. Sabe, gostei de você! Acho que seremos grandes amigas! Eu sou assim, mas sou legal, você vai ver, quando me conhecer melhor.
_ Assim como? Achei-te muito legal! Os meus amigos também te acharão, tenho certeza! Sou pobre, mas minha casa está a tua espera.
Beatriz foi levar Alicia em casa junto com um dos rapazes, que estava menos bêbado. Tinha medo, mesmo no carro. A estrada era de terra e sem luz. Estava uma noite linda. Ela, nunca tinha visto um céu tão estrelado. Estava encantada com o lugar e a paz que sentia ali.
Beijou o rosto de Alicia e prometeu voltar a vê-la. Estava feliz, não sabia o porquê, mas sabia que estava. Gostou tanto de sua nova amiga, que foi pensando nela pelo caminho; “Como a gente encontra pessoas humildes e boas por esse nosso país! Sinto-me abençoada!” Parou o carro, na estrada de terra, para sentir o cheiro que havia no ar. Respirou bem fundo e encheu os pulmões de ar puro… olhou para o céu mais uma vez e sonhou com o seu amor, que estaria em algum lugar reservado para ela.

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