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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Menina flor

Menina flor, flor de menina
mulher amada,
Menina linda, apaixonada,

Apaixonada pela vida,
Linda menina, cheirando a flor,
Apaixonada por tudo de mais lindo,
mais puro que existe no amor...

quarta-feira, 28 de maio de 2014

“Oficina Irritada”

, Carlos Drummond de Andrade


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Oficina Irritada
“Eu quero compor um soneto duro
como poeta algum ousara escrever.
Eu quero pintar um soneto escuro,
seco, abafado, difícil de ler.
Quero que meu soneto, no futuro,
não desperte em ninguém nenhum prazer,
E que, no seu maligno ar imaturo,
ao mesmo tempo saiba ser, não ser.
Esse meu verbo antipático e impuro
há de pungir, há de fazer sofrer,
tendão de Vênus sob o pedicuro.
Ninguém o lembrará: tiro no muro,
cão mijando no caos, enquanto Arcturo,
claro enigma, se deixa surpreender.”
Carlos Drummond De Andrade, in Claro Enigma

sábado, 26 de abril de 2014

Amor é fogo que arde sem se ver

Amor é fogo que arde sem se ver

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

                           Luís de Camões

quinta-feira, 20 de março de 2014

Sempre te Amarei


Depois de tudo te amarei
como se fosse sempre antes
como se de tanto esperar
sem que te visse nem chegasses
estivesses eternamente
respirando perto de mim.

Perto de mim com teus hábitos,
teu colorido e tua guitarra
como estão juntos os países
nas lições escolares
e duas comarcas se confundem
e há um rio perto de um rio
e crescem juntos dois vulcões.

Perto de ti é perto de mim
e longe de tudo é tua ausência
e é cor de argila a lua
na noite do terremoto
quando no terror da terra
juntam-se todas as raízes
e ouve-se soar o silêncio
com a música do espanto.
O medo é também um caminho.
E entre suas pedras pavorosas
pode marchar com quatro pés
e quatro lábios, a ternura.
Porque sem sair do presente
que é um anel delicado
tocamos a areia de ontem
e no mar ensina o amor
um arrebatamento repetido
Pablo Neruda

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Amiga

Deixa-me ser a tua amiga, Amor,
A tua amiga só, já que não queres
Que pelo teu amor seja a melhor
A mais triste de todas as mulheres.

Que só, de ti, me venha magoa e dor
O que me importa a mim? O que quiseres
É sempre um sonho bom! Seja o que for,
Bendito sejas tu por mo dizeres!

Beijá-me as mãos, Amor, devagarinho...
Como se os dois nascêssemos irmãos,
Aves cantando, ao sol, no mesmo ninho...

Beija-mas bem!... Que fantasia louca
Guardar assim, fechados, nestas mãos,
Os beijos que sonhei pra minha boca!

Florbela Espanca

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Amor, Amor...


De repente a dor /De esperar terminou/ E o amor veio enfim/ Eu que sempre sonhei/ Mas não acreditei/ Muito em mim/ Vi o tempo passar/ O inverno chegar/ Outra vez mas desta vez/Todo pranto sumiu/ Um encanto surgiu/Meu amor  (“Você”, Tim Maia)
www.ne10.uol.com.br
Das lembranças
Que eu trago na vida
Você é a saudade
Que eu gosto de ter
(“Outra vez”, Roberto Carlos)
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Aguardando-te, amor, revejo os dias 
Da minha infância já distante, quando 
Eu ficava, como hoje, te esperando 
Mas sem saber ao certo se virias. 
(“Soneto da espera”, Vinícius de Moraes)

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Que este amor não me cegue nem me siga.
E de mim mesma nunca se aperceba.
Que me exclua de estar sendo perseguida
E do tormento
De só por ele me saber estar sendo.
Que o olhar não se perca nas tulipas
Pois formas tão perfeitas de beleza
Vêm do fulgor das trevas.
E o meu Senhor habita o rutilante escuro
De um suposto de heras em alto muro.
Que este amor só me faça descontente
E farta de fadigas. E de fragilidades tantas
Eu me faça pequena. E diminuta e tenra
Como só soem ser aranhas e formigas.
Que este amor só me veja de partida.
(Hilda Hilst)
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São só palavras, texto, ensaio e cena
A cada ato enceno a diferença
Do que é amor ficou o seu retrato
A peça que interpreta o improviso insensato
Essa saudade eu sei de cor
Sei o caminho dos barcos
(Legião Urbana)
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Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe
o que será.
(“Não se mate”, Carlos Drummond de Andrade)
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Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
(“Memória”, Carlos Drummond de Andrade)
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O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar pra ela,
Mas não lhe sabe falar.
(“Amor”, Fernando Pessoa)

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Alfonsina Storni, poetisa argentina

Alfonsina Storni, poetisa argentina

Amo los cielos claros, los pastos frescos, 
los campos dorados, las delicadas manos, 
las frentes amplias, las almas pulcras…
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Hoje completa 75 anos do falecimento da poetisa Alfonsina Storni (Sala Capriasca, Suíça 29 de maio de 1892 - Mar del Plata, Argentina, 25 de outubro de 1938). Nasceu na Suíça, mas imigrou para a Argentina ainda criança com seus pais. Foi professora infantil numa área rural na Argentina.  Alfonsina ajudou a criar uma associação de escritores, era amiga de muitos deles, como Horacio Quiroga, que suicidou- se e isso abalou muito a poetisa.
O rogo
Senhor, Senhor, faz já tanto tempo, um dia
Sonhei um amor como jamais pudera
Sonhá-lo ninguém, algum, amor que fora
A vida toda, toda a poesia…
E passava o inverno e não vinha,
E passava também a primavera,
E o verão de novo persistia,
E o outono me encontrava em minha espera.
Senhor, Senhor; minhas costas estão desnudas.
Faça estalar ali, com mão rude,
O açoite que sangra aos perversos!
Que está a tarde já sobre minha vida,
E esta paixão ardente e desmedida,
A hei perdido, Senhor, fazendo versos!
(Tradução de Maria Teresa Almeida Pina)
A poetisa sofria um câncer no seio, três dias antes de falecer escreveu o soneto, “Vou dormir”:
Dentes de flores, touca de sereno,
Mãos de ervas, tu, ama-de-leite fina,
Deixa-me prontos os lençóis terrosos
E o edredom de musgos escardeados.
Vou dormir, ama-de-leite minha, deita-me.
Põe-me uma lâmpada à cabeceira;
Uma constelação; a que te agrade;
Todas são boas: a abaixa um pouquinho
Deixa-me sozinha: ouves romper os brotos…
Te embala um pé celeste desde acima
E um pássaro te traça uns compassos
Para que esqueças… obrigado. Ah, um encargo:
Se ele chama novamente por telefone
Diz-lhe que não insista, que saí…
(Tradução de Héctor Zanetti)

segunda-feira, 7 de outubro de 2013


Por isso não tema, pois estou com você;
não tenha medo, pois sou o seu Deus.
Eu o fortalecerei e o ajudarei;
eu o segurarei
com a minha mão direita vitoriosa. 
Isaías 41:10

Debaixo da Mesma Lua, Uma historia de amor e Vinhos

Debaixo da Mesma Lua, Uma historia de amor e Vinhos Vem comigo na construção de um lindo romance. Vou compartilhar vários trechos desse roma...