De repente a dor /De esperar terminou/ E o amor veio enfim/ Eu que sempre sonhei/ Mas não acreditei/ Muito em mim/ Vi o tempo passar/ O inverno chegar/ Outra vez mas desta vez/Todo pranto sumiu/ Um encanto surgiu/Meu amor (“Você”, Tim Maia)
Das lembranças
Que eu trago na vida
Você é a saudade
Que eu gosto de ter
Que eu trago na vida
Você é a saudade
Que eu gosto de ter
(“Outra vez”, Roberto Carlos)
Aguardando-te, amor, revejo os dias
Da minha infância já distante, quando
Eu ficava, como hoje, te esperando
Mas sem saber ao certo se virias.
Da minha infância já distante, quando
Eu ficava, como hoje, te esperando
Mas sem saber ao certo se virias.
(“Soneto da espera”, Vinícius de Moraes)
Que este amor não me cegue nem me siga.
E de mim mesma nunca se aperceba.
Que me exclua de estar sendo perseguida
E do tormento
De só por ele me saber estar sendo.
Que o olhar não se perca nas tulipas
Pois formas tão perfeitas de beleza
Vêm do fulgor das trevas.
E o meu Senhor habita o rutilante escuro
De um suposto de heras em alto muro.
Que este amor só me faça descontente
E farta de fadigas. E de fragilidades tantas
Eu me faça pequena. E diminuta e tenra
Como só soem ser aranhas e formigas.
Que este amor só me veja de partida.
E de mim mesma nunca se aperceba.
Que me exclua de estar sendo perseguida
E do tormento
De só por ele me saber estar sendo.
Que o olhar não se perca nas tulipas
Pois formas tão perfeitas de beleza
Vêm do fulgor das trevas.
E o meu Senhor habita o rutilante escuro
De um suposto de heras em alto muro.
Que este amor só me faça descontente
E farta de fadigas. E de fragilidades tantas
Eu me faça pequena. E diminuta e tenra
Como só soem ser aranhas e formigas.
Que este amor só me veja de partida.
(Hilda Hilst)
São só palavras, texto, ensaio e cena
A cada ato enceno a diferença
Do que é amor ficou o seu retrato
A peça que interpreta o improviso insensato
Essa saudade eu sei de cor
Sei o caminho dos barcos
A cada ato enceno a diferença
Do que é amor ficou o seu retrato
A peça que interpreta o improviso insensato
Essa saudade eu sei de cor
Sei o caminho dos barcos
(Legião Urbana)
Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe
o que será.
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe
o que será.
(“Não se mate”, Carlos Drummond de Andrade)
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
muito mais que lindas,
essas ficarão.
(“Memória”, Carlos Drummond de Andrade)
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar pra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar pra ela,
Mas não lhe sabe falar.
(“Amor”, Fernando Pessoa)
Nenhum comentário:
Postar um comentário