https://www.youtube.com/watch?v=d6boEAx1H7Q
Um belo dia de céu azul, na travessia do Rio tejo. Alguém diz com lentidão: “Lisboa, sabes…” Eu sei. É uma rapariga descalça e leve, um vento súbito e claro nos cabelos, algumas rugas finas a espreitar-lhe os olhos, a solidão aberta nos lábios e nos dedos, descendo degraus e degraus e degraus até ao rio.Eu sei. E tu, sabias? Eugénio de Andrade, in Até Amanhã, 1956
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