quarta-feira, 3 de junho de 2015

Lançamento do MEU LIVRO VIDA FÁCIL (?) em Lisboa

Antes de tudo agradeço a Deus, meu ajudador, protetor e meu guia, depois aos familiares, amigos, leitores e todos que estão na torcida por meu sucesso.
Deus eh fiel e finalmente vou fazer meu lançamento oficial europeu. Obrigada a todos e continuem na torcida.
De longe ou de perto sintam meu carinho e minha gratidão.
Amo vocês!

https://www.facebook.com/events/772641266186205/

Segunda, 15 de junho
às 19:00  


Tradicional Bar

Rua Afonso de Albuquerque, 4(Lisboa - Alfama) 1100 Lisboa
 

quinta-feira, 28 de maio de 2015

As Mentiras Que Te Contaram Sobre Vender Poesia

As Mentiras Que Te Contaram Sobre Vender Poesia

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Osho diz que o amor é a única poesia que existe. Todas as outras poesias são apenas um reflexo dele.
Quero responder aqui e agora uma dúvida sobre a arte de vender poesia e como você pode fazer para que seu trabalho chegue às mãos do maior número de leitores, mas antes quero te pedir que pare de dizer aos poetas de amanhã que poesia não vende.
Digo isto porque muitos autores, por sofrerem esta lavagem cerebral em algum ponto de suas existências, insistem em me perguntar se poesia vende?
Costumo devolver a pergunta com outra: poesia realmente não vende ou são os poetas que se recusam a criar uma audiência para seus poemas?
O fato de algo ser repetido exaustivamente não significa que seja verdade, muito pelo contrário. A Terra não é quadrada, nem é o centro do Universo.
Se você não sabe, poesia é um gênero multimilionário, embora você possa ser perdoado por pensar que se trata do primo pobre do mercado literário. É óbvio que representa uma percentagem muito menor das vendas de livros, mas, ainda assim,poesia é um grande negócio.
Sendo sincero, poucos poetas no mundo vivem ou viveram apenas de poesia. A grande maioria sempre precisou de outra atividade para pagar as contas. Digo isto porque o Ser Humano tem um sério problema de expectativas, prefere o futuro ao presente. Acredita que basta escrever e publicar e logo serão teletransportados automaticamente para uma mansão em uma ilha paradisíaca onde viverão felizes para sempre fazendo versos sobre o mar e as gaivotas.
Realinhe suas expectativas: jogue a semente, plante, regue, alimente, cuide, pode e você colherá os frutos das suas pequenas ações diárias.
Na verdade, tudo começa com um preconceito enraizado dos próprios autores. Muitos detestam conjugar os verbos “escrever” e “vender” na mesma estrofe.
O pensamento dominante diz que se você vende você não tem sensibilidade. Que artistas que se prezam não se preocupam com comércio. Só generalizações! Uma ladainha de pensamentos limitantes do tipo:
– “Poesia nunca foi comercial”.
– “Poesia é um gênero obscuro”.
– “Poesia é para se ler em papel”.
Sim, o receio também se deve à onipresença. Milhões de pessoas tentam escrever poesia. São poetas amadores que se contentam apenas em tentar capturar emoções na busca de consolo e conforto. Poucos levam a poesia realmente a sério, como um negócio, justamente por achar que rentabilidade é prosa. Puro preconceito!
Todo gênero literário tem um público cativo. Com as facilidades do marketing digital, ficou mais fácil encontrar quem queira ler o que você escreve.
Manoel de Barros disse que poesia não é para compreender e não que não é para vender. Não seja uma parede de pensamentos anticapitalistas. Seja uma árvore frondosa de belíssimos poemas com galhos que os estendem ao maior número possível de leitores ávidos para aquecer seus corações. Para isto, é necessário regar com marketing.
Também não basta rabiscar palavras que dançam sobre extremos da emoção ou divagar sobre a eternidade das ameixas e a frugalidade das madeixas. Alguns pré-requisitos são necessários:
  1. Escreva poemas de alta qualidade.
  2. Dê uma prova de que eles são bons permitindo que o público leia amostras antes de comprar seu livro.
  3. Produza um belo livro ou e-book com uma capa caprichada e um título caprichoso.
  4. Cobre preços acessíveis para que o leitor compre por impulso.
  5. Trabalhe ativa e incessantemente para promover seu livro e disponibilize opções de compras online e off-line.
Isto posto, seguem algumas dicas para que você venda mais sua poesia:
– Publique uma série de livros, três ou mais, na Amazon com preço entre R$1,99 e R$5,99.
– Crie um blog e uma Fanpage para divulgar seu trabalho.
– Crie um canal do Youtube e faça vídeos com leituras de seus poemas. Capriche na produção.
– Promova encontros e leituras presenciais. Convide vários poetas.
 Invista o mínimo em Ads para, pelo menos, compreender quem é seu leitor ideal. Depois disto, publique poemas abertos e promova posts no seu blog. Coloque links neles para as lojas onde seus livros são vendidos. Convide o leitor a comprar.
– Crie uma lista de e-mails de leitores e, a cada novo livro lançado, deixe-os saber primeiro.
– Conecte-se com outros poetas para trocar experiências e fazer promoções cruzadas.
 Inscreva-se em concursos e prêmios.
 Busque sempre novas formas de promover seus livros.
Enfim…
“Não procure a matéria prima da poesia.
Pois ela surgiu bem antes do mundo, do próprio intuito.
E se te perguntarem se poesia vende.
Poesia vende e vende muito”.
Completando o poema do Osho: “A poesia pode estar no som, pode estar na pedra, pode estar na arquitetura, mas basicamente esses são todos reflexos do amor, captados em diferentes veículos. Mas a alma da poesia é o amor, e aqueles que vivem o amor são os poetas reais. Eles podem nunca escrever poemas, podem nunca compor uma música, podem nunca fazer algo que normalmente as pessoas consideram como arte, mas aqueles que vivem o amor, que amam completa e totalmente, esses são os poetas reais”.
Viva, Escreva e Venda seus poemas com amor!
Para saber mais como promover seus livros, acesse:www.segredosdobestseller.com
Fonte:http://eldessaullo.com

segunda-feira, 23 de março de 2015

RESENHA: BALADA DA INFÂNCIA PERDIDA, DE ANTÔNIO TORRES

RESENHA: BALADA DA INFÂNCIA PERDIDA, DE ANTÔNIO TORRES

O meu pai não veio e não virá jamais. Odeia todas as cidades, sem distinção de tamanho, situação geográfica, renda ‘per capita’ ou densidade populacional. Diz que são invenções do diabo. Elas roubaram todos os seus filhos. (p.7)
Ler Antônio Torres é ler o insondável. Encontrei alguns elementos surpreendentes nessa narrativa do grande mestre Antônio Torres, imortal da Academia Brasileira de Letras e da Academia Baiana de Letras.
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Antônio Torres no Corcovado, Rio de Janeiro (foto de André Correa)
Balada da infância perdida (1986) é o sétimo livro da carreira de Antônio Torres (Sátiro Dias, 13/09/1940), que sabe escolher título de livro, não é?! Lindo esse! Tem um quê de nostalgia, lirismo, um título poético. Esse é um dos livros que mais gostei do autor, tem uma variedade de elementos incríveis: prosa poética, alguns poemas, imagens bem construídas, algo de tragicomédia, família, o rural e a cidade, política, o sobrenatural, o onírico que faz o personagem entrar numa festa do “The great Gatsby”, sonhar reiteradamente com caixões, com sua mãe, sua tia e com o primo Calunga, todos falecidos. A magia de uma narrativa escrita há quase 30 anos, mas que continua atual. No que se refere às tecnologias, aquela época era diferente, mas não parece, só faltou citar o Facebook. Os fatos, os problemas sociais e existenciais, parecem que não mudaram muito, aliás, certas coisas nunca mudam. Por isso Antônio Torres é um clássico, porque seus livros são  atemporais, chegaram até aqui sem perder seu valor e podem tocar gente muito diferente, independente de classe social e de qualquer nacionalidade, tanto que já foi traduzido em vários países.
Falando em tradução, saiu a versão francesa de “Meu querido canibal”(“Mon cher cannibale”), traduzido por Dominique Stoenesco, com prefácio de Rita- Olivieri Godet. O lançamento acontecerá durante o Salon du Livre de Paris que começa hoje até o dia 23 de março, com a presença do autor, que já está em Paris. Voilà!
Como o nosso país vive tempos convulsos, escândalos de corrupção, o país dividido, cortado em duas bandas em pé de guerra, sempre é bom recordar que a ditadura deve ficar no passado, só na história e na ficção Independente do que aconteça, a democracia jamais deve ser tocada. Como disse Cervantes, “A liberdade, Sancho, é um dos mais preciosos dons que os homens deram aos céus.”. Não percamos o bom senso e nem entremos em estado de histeria coletiva, radicais de ambas tribos. Equilíbrio é a palavra. Ninguém está tão certo, nem tão errado. Abaixo, o protagonista recordando tempos amargos:
Quarenta anos.
Aos vinte, me enfiaram uma ditadura pela garganta.
Agora que chego à idade madura, tenho de aguentar o peso do meu cansaço. Qual é a graça?
Em “Balada da infância perdida” há muitas citações e referências literárias, o espanhol Garcia Lorca, Charles Baudelaire, Scott Fitzgerald, o cineasta Carlos Saura, Gregório de Matos, Marcel Proust, Jacques Brel, Christiane Rochefort (“O repouso do guerreiro”, anotei na minha lista) e também Castro Alves, justo o poema que o menino Antônio Torres recitou em plena praça pública lá no Junco (hoje Sátiro Dias), ele sempre conta este “causo” nas suas entrevistas, dá uma olhada na web do escritor. Mas nesse caso, Calunga, Luis Carlos Luna, seu primo beberrão, que poderia ter um futuro “lindo”, mas não teve,  foi que quem recitou o poema, nervoso, diante da ovação dos presentes.
Torres encontrou uma forma muito criativa de separar os capítulos, de arquitetar a obra: o primeiro capítulo é introduzido com uma canção de ninar, que depois a gente vai entender o motivo, os próximos quatro são numerados, o sexto: Primeira hipótese: MAMÃE; o sétimo, Segunda hipótese: TIA MADALENA, A MÃE DE CALUNGA.
A mãe falecida bate altos papos com o filho vivo. Isto é, o narrador acredita nisso, parecem alucinações. As histórias da família começam a ser desenhadas: Zé, o pai manco e sua mãe foram capazes de gerar vinte e quatro filhos! A origem e as memórias rurais do autor acabam presentes em vários dos seus livros, dando um ar nostálgico, um memorial de sensações sofridas e alegres, contraditórias, nesse também. Antônio Torres é a memória de muitos imigrantes que abandonaram suas terras natais para tentar encontrar o seu lugar no mundo. As obras de Antônio Torres sempre estão em movimento.
Doce família baiana. Adora ser visitada. Principalmente pelos que moram longe e podem chegar de uma hora para outra, cheios de novidades. A porta estará sempre aberta e a mesa já vai estar posta. Hoje é dia de feijoada, caruru, vatapá, sarapatel ou o quê? (p.88)
E a tia Madalena defunta, “uma sargentona nata” (p.78) aparece nos sonhos do narrador, que ressuscita a tia através da descrição tão real que faz dela. Papo bem terrenal, a tia defunta protesta com o sobrinho por ainda não tê- la levado ao Mc Donald’s. Achei a cara do Modernismo! Eu classificaria essa obra de Antônio Torres como patafísica. É isso, é uma narrativa cheia de elementos patafísicos, surrealismo em estado puro. Transcende a narrativa linear, o espaço é um terreno inóspito, desconhecido, o da memória, talvez. Esse livro daria uma fantástica adaptação teatral. Veja o trecho abaixo (p.159), Che Guevara repousava no quarto do narrador, se a imprensa descobrisse, ele seria homenageado aonde? Na Academia Brasileira de Letras, entre outros lugares. Antônio Torres visionário? Aguentou firme os “quarenta discursos”, mestre?! 
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Em A terceira hipótese, (p.86) pode ser o capítulo que explique o porquê de tantos sonhos e caixões. A notícia sobre o primo Calunga morto prematuramente aos quarenta anos por causa da bebida. Até então os diálogos (ou monólogos?) com os defuntos pareciam acontecer no plano onírico, mas a história muda de dimensão. A conversa começa a acontecer com o narrador acordado. A realidade do absurdo.
 Um livro imprevisível, o que vem depois?! Talvez venha a saudade:
Você, em cima da carga, ia deixando o seu velho mundo para trás. Aqui e ali umas vaquinhas, umas ovelhas, uns cavalos. Pastos. Roças de mandioca. Uma casa com varanda. Uma casinha caiada, com uma árvore na porta. Quintais de bananeira. E o sol, morrendo no poente, dourando tudo. Era um pôr-do-sol amarelo com riscas vermelhas: uma pintura. Linda. Bateu uma coisa estranha dentro de você. O que era aquilo? Uma dor? Uma saudade? A partida. Você estava indo embora. Para sempre. (p.95)
O narrador- personagem não tem nome, só sabemos que é redator e casado com Cris, ele é o alter-ego de Antônio Torres, possivelmente, já que muitos trechos são autobiográficos (inclusive a profissão). A cidade venceu Calunga, que mergulhou no álcool para amortecer a vida que não queria ter. Muita gente imigra, sofre e sente- se só. Que aconteceu com Calunga? Foi vencido. Como ele, muitos. Para Calunga os versos de Alexandre O’Neill (p. 155). O último capítulo, Boi, boi, boi/boi da cara preta. Começa assim: Vai ver a minha tia é quem tem razão: – A culpa é dos comunistas. Calunga foi empregado por um comunista. Tudo é culpa dos comunistas, a mãe os culpou pelo deterioro e morte precoce do filho. O narrador faz uma defesa do Comunismo (p.178) lista uma série de dados e estatísticas que os comunistas denunciam sobre tudo de errado que acontecia no Brasil.
Contexto histórico: pós- ditadura, 1986. Um dos dados: “Que só existe um médico para cada 1700 pessoas?”, argumenta com a tia Madalena, que detesta comunistas. E “Que, no ano da graça de 1986, temos 38 milhões de pessoas na mais completa miséria?”. E segundo dados do IPEA de 2014, 0 Brasil ainda tem 26,24 milhões de pessoas que vivem em extrema pobreza. Outro dado: “Que 40% da população está desempregada?”.
E infelizmente, tenho que dizer, que quase 30 anos depois e 12 anos do governo do Partido dos Trabalhadores, com tendência comunista, esses dados melhoraram, mas não o suficiente, ainda existe no país muita gente abaixo da linha da pobreza. Segundo os dados do IBGE (2014), no Brasil existe 1,95 médicos por mil habitantes, mesmo com o programa “Mais Médicos”, um dos maiores absurdos da história brasileira, a “importação” de médicos cubanos, a modo reféns no país. Metade do dinheiro fica em Cuba e os médicos só receberão a outra parte, se e quando, regressarem ao país, que vive uma ditadura. O governo brasileiro amicíssimo dos Castro e fazendo pactos com a ditadura e troca de favores estranhíssimos. No Maranhão, só existe meio médico para cada 1000 habitantes, 0,68%. Sobre o desemprego, o dado oficial, que agora é de 6,8% é uma número mascarado, já que as pessoas que não procuram emprego e estão desempregadas não entram para essas estatísticas e nem as pessoas que exercem ofícios informais (que são muitas!). Segundo o economista Ricardo Amorim, o número real de desempregados no Brasil é quase a metade da população em idade para trabalhar:
Pelos dados oficiais do IBGE, de cada 100 brasileiros em idade de trabalho, 53 trabalham, três procuram emprego e não encontram e 44 não trabalham nem procuram emprego. É considerado desempregado quem procura emprego e não encontra (3%) sobre o total dos que procuraram emprego (56%): 3% / 56% = 5%. Quem não procura (44%) tecnicamente não está desempregado. Esta não é uma manipulação estatística feita pelo governo brasileiro. O mesmo conceito vale no mundo inteiro. Porém, se a estatística não é manipulada, sua interpretação é. Baseado na estatística de desemprego, o governo sugere que quase todos os brasileiros têm emprego. Na realidade, quase metade (47%) não tem.
Falta transparência e honestidade. Essencial é ajudar as pessoas que estão na miséria no país, o que se faz ainda é insuficiente e da forma equivocada. Provoca- me repulsa que cobrem 25% dos aposentados que moram no exterior, fora o imposto “normal” que todos pagam. E mais, agora cortaram 50% da pensão por viuvez. Além de perderem marido ou esposa, ainda levam uma cacetada destas! Por que mexer com esse coletivo tão frágil? A maioria dos aposentados e pensionistas no Brasil não recebe o suficiente para a própria sobrevivência, justamente na fase que pode precisar de mais de cuidados e tratamentos médicos. Isso não é fazer socialismo, tirar de pobre, aonde já se viu?! Karl Marx deve estar se revirando na tumba! Os fins não justificam os meios, as coisas podem e devem ser feitas de outra maneira. Afinal, O SHOW TEM QUE CONTINUAR (título do último capítulo, pg. 172).
Eu quero um novo partido socialista no Brasil, que não prejudique aos pobres, aos remediados e nem aos ricos, bom senso! Eu quero um governo socialista que promova ações de integração e de eliminação da miséria reais e duradouras, que não classifique as pessoas pela sua cor  e que una o país por um objetivo comum e não fragmente uma nação gigante como a nossa! A esquerda “endireitou”, estão todos iguais, inclusive no quesito corrupção. O comunismo se perdeu, anda perdido. Com esse a parte, seguimos…
Antônio Torres escreveu obras, pelo menos as que li até agora, que podem encaixar- se na tradição modernista (o regionalismo, o surrealismo, por exemplo), principalmente de terceira geração, mas Balada da Infância Perdida também tem elementos muito pós- modernos. Essa obra me deixou confusa (no bom sentido). Talvez a pós- modernidade seja isso, confusão. Mas… como seria uma obra de Antônio Torres escrita hoje? Já existe uma literatura pós- moderna com características comuns a todas as obras ou paramos no Modernismo? Já dá para definir a literatura de hoje? Ou a literatura contemporânea ainda é a de antes? A crítica deu fim ao Modernismo lá pela década de 70 (serve como marco, mas isso não é exato, cada crítico dá uma data diferente). Mas será que vivemos um Modernismo tardio? As vanguardas persistem e resistem? Por que não conseguimos definir e nomear o que anda acontecendo? Ainda continuamos na fase da “literatura de permanência” de Antônio Cândido? Por que é tão difícil ver com clareza o que acontece agora? Já sei, é a “era da modernidade líquida”, uma época de crise de identidade das Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais, em resumo: da espécie humana. Se eu achei essa obra “atual”, e esse é um livro modernista (escrito 16 anos depois do fim dessa escola, “oficialmente”), não saímos do Modernismo, então? Eu fico tentando procurar diferenças entre as duas “escolas”. A Literatura Contemporânea ainda é coisa para se definir, inclusive o próprio termo é inexato e inadequado. Vamos pensar nisso?
Anota esse na sua lista, livraço!
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Torres, Antônio. Balada da infância perdida. Record, Rio de Janeiro, 2011. ePub. 178 páginas (edição não corrigida segundo com o novo acordo ortográfico).

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A saudade corroí o coração e os dias se tornam meses...

Eu so queria que tudo se acabasse logo e eu regressasse agora mesmo pra o meu Brasil.
Uma vez eu ouvi uma musica que mexeu muito comigo. E hoje ela faz todo o sentido.
Nao posso mais estar longe. Nao sei mais sorrir tao longe de vocês...
A saudade corroí o coração e os dias se tornam meses...

Me diz, me diz como ser feliz em outro lugar...
Ivan Lins


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Alô, 2015?!



Alô, 2015?!

Chegamos, estamos aqui, aleluia! Alô, 2015?! Deixa conosco tudo e a todos que amamos, só leva pra longe a tristeza, a violência, as desavenças, as enfermidades, o desamor. Traz consigo o emprego que sempre sonhamos, a casa que merecemos, a saúde que nos torna fortes e felizes, o amor que nos faz imortais. Afasta o olho- gordo, a inveja, os vampiros de energia, a maldade em forma de sorriso, a língua viperina. Que ao nosso redor só permaneça o querer bem, a sinceridade e a verdade. Alô, 2015?! Dai- nos o dom de ignorar. Ignorar tudo o que nos faz mal, já que o que não sabemos não existe. Que saibamos plantar o bem sem olhar a quem!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Florbela Espanca

PDF grátis: Florbela Espanca

Florbela Espanca, poetisa portuguesa, nasceu e morreu no mesmo dia 8 de dezembro (Vila Viçosa, 1894- Matosinhos, 1930). Seu nome de batismo: Flor Bela Lobo, filha de Antonia da Conceição Lobo e pai desconhecido. Sofria de neurastenia, casou duas vezes e divorciou- se duas vezes. Perdeu a mãe que sofria de neurose e perdeu também o seu irmão, o que agravou seus problemas psicológicos, além de um edema pulmonar. Suicidou- se no dia que nasceu e dia também do seu primeiro casamento. (fonte: citi.pt)
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Viveu pouco, mas muito intensamente os seus 36 anos. Sua primeira obra “O livro das mágoas”, versos sofridos, doídos:
A MINHA DOR
À você
A minha Dor é um convento ideal
Cheio de claustros, sombras, arcarias,
Aonde a pedra em convulsões sombrias
Tem linhas dum requinte escultural.
Os sinos têm dobres de agonias
Ao gemer, comovidos, o seu mal …
E todos têm sons de funeral
Ao bater horas, no correr dos dias …
A minha Dor é um convento. Há lírios
Dum roxo macerado de martírios,
Tão belos como nunca os viu alguém!
Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro,
E ninguém ouve … ninguém vê … ninguém …
Sua obra caracteriza- se pelas fortes emoções, pela dor e pelo desejo de ser feliz. Florbela tornou- se uma das escritoras portuguesas mais conhecidas e até de culto, possivelmente porque conseguiu colocar nos seus versos a dor e a esperança de muita gente.

Debaixo da Mesma Lua, Uma historia de amor e Vinhos

Debaixo da Mesma Lua, Uma historia de amor e Vinhos Vem comigo na construção de um lindo romance. Vou compartilhar vários trechos desse roma...