Amor é fogo que arde sem se ver Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer; É um não querer mais que bem querer; É solitário andar por entre a gente; É nunca contentar-se de contente; É cuidar que se ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor? Luís de Camões
PARA QUEM TEM O LIVRO COMO UM AMIGO INSEPARÁVEL. VAMOS VIAJAR JUNTOS, COM LIVROS, POESIAS, CONTOS, ETC...
sábado, 26 de abril de 2014
Amor é fogo que arde sem se ver
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Um passeio por Madri no Dia Internacional do Livro
Fernanda Jimenez
Falando em Literatura
Enquanto o Brasil ainda dorme, eu já fui dar um passeio por algumas livrarias de Madri nesse Dia de São Jorge. Leia como essa data passou a ser a festa do livro: você conhece a tradição espanhola de presentear flores e livros? Hoje é o dia. Todo dia é dia de leitura, mas hoje é especial. Serve para festejar, para comprar livros com descontos, presentear, agitar o mercado editorial, conhecer autores pessoalmente, pedir autógrafos, se inspirar, conhecer, ler mais ainda e pensar em literatura!
Uma das minhas livrarias preferidas em Madri é a Casa del Libro da Calle Alcalá, 96. O edifício fica no bairro de Goya e nele morou por três anos o poeta e dramaturgo Federico García Lorca (Fuente Vaqueros, 5 de Junho de 1898 - Granada, 19 de Agosto de 1936).
A Casa del Libro é uma livraria bem completa, vende desde literatura infantil aos clássicos, livros de bolso, ciências humanas e sociais, etc.
Os passeios ainda vazios, mais tarde vai ser difícil entrar, quanto mais fotografar (bom, não?!)
O prédio numa das esquinas privilegiadas de Madri.
Hoje as livrarias da cidade estão dando 10% de desconto nos livros. Essa é a livraria do El Corte Inglés, a loja de departamentos mais chique da Espanha:
O El Corte Inglés colocou bancas de livros na calçada:Eu já comprei os livros e as flores para os meus amores, agora vou esperar os meus!
quarta-feira, 16 de abril de 2014
O triste abril de T.S. Eliot
O triste abril de T.S. Eliot
T.S.Eliot (Thomas Stearns Eliot, St. Louis, 26/09/1888 - Londres, 04/01/1965) não é um poeta fácil. Seus versos são herméticos, sua expressão poética é cheia de alusões culturais, misturas de idiomas, o poeta utiliza elementos visuais, como se fossem collages. Os elementos místicos, as cartas do tarô, a magia, dão esse tom obscuro, simbólico. T.S.Eliot é um escritor para decifrar:
James McColgan – Midnight Tree
I. O ENTERRO DOS MORTOS*
Abril é o mais cruel dos meses, brotando
Lilases da terra morta, misturando
Memória e desejo, removendo
Turvas raízes com a chuva da primavera.
O inverno nos mantinha quentes, cobrindo
A terra de neve esquecida, nutrindo
Um pouco de vida os tubérculos secos.
O verão nos surpreendeu, chegando em cima do Starnbergersee
Abril é o mais cruel dos meses, brotando
Lilases da terra morta, misturando
Memória e desejo, removendo
Turvas raízes com a chuva da primavera.
O inverno nos mantinha quentes, cobrindo
A terra de neve esquecida, nutrindo
Um pouco de vida os tubérculos secos.
O verão nos surpreendeu, chegando em cima do Starnbergersee
Com um dilúvio; paramos junto às colunas
E continuamos com a luz do sol até Hofgarten,
e tomamos café, e falamos por um bom tempo.
Big gar keine Russin, stamm’ aus Litauen, echt deutsch.
E quando éramos crianças, estando com o arquiduque,
Meu primo, convidou-me para passear em um trenó.
E tive medo. Disse-me ele, Maria,
Maria, agarra-te forte. E para lá descemos.
Nas montanhas, a pessoa se sente livre.
Eu leio boa parte da noite, e no inverno vou ao sul.
Quais são as raízes que me aferram, que galhos crescem
Desse pétreo lixo? Filho de homem,
Não podes dizer, nem imaginar, porque só conhece
Um monte de imagens quebradas, que pegam o sol,
A árvore morta não dá abrigo, nem o grilo dá alívio,
Nem a pedra seca faz barulho água. Só
há sombra debaixo desta rocha vermelha.
(Entra debaixo da sombra desta rocha vermelha),
E vou te ensinar algo diferente, tanto
de tua sombra pela manhã caminhando atrás de ti
como de tua sombra pela tarde subindo ao teu encontro;
Vou te mostrar o medo num punhado de pó.
Frisch weht er Wind
Der Heimat zu
Mein Irisch Kind,
Wo weilest du?
”Deste-me jacintos pela primeira vez há um ano;
Chamavam-me a menina dos jacintos.”
- Mas ao voltarmos, tarde, do Jardim dos Jacintos,
Teus braços cheios de jacintos e teus cabelos molhados, não pude
Falar, e me falharam os meus olhos, eu estava nem
vivo nem morto, não sabia nada
Olhando o coração da luz, o silêncio.
Oed’ und leer das Meer.
Madame Sosostris, famosa vidente,
Tinha um forte resfriado; no entanto,
É conhecida como a mulher mais sábia da Europa,
Com seu perverso baralho. Aqui, disse,
está sua carta, o Marinheiro Fenício afogado.
(Pérolas são esses que foram seus olhos. Olha!)
Eis aqui Beladona, a Madona das Rochas,
A Dama das Situações.
Aqui está o Homem dos Três Bastões, e aqui a Roda da Fortuna,
E aqui se vê o mercador caolho, e esta carta,
Que em branco, é algo que ele leva nas costas,
Mas que me proibiram de ver. Não encontro
O Homem Enforcado. Teme a morte por água.
Vejo multidões que dão voltas em círculos.
Obrigada. Se vê a minha querida Senhora Equitone,
Diga-lhe que eu mesma lhe levarei o horóscopo:
Nesses tempos há que se ter muito cuidado.
Cidade irreal,
Sob a névoa parda de um amanhecer de inverno,
Uma multidão fluía pela Ponte de Londres, tantos,
Que não acreditei que a morte tivesse desfeito a tantos.
Exalavam suspiros, breves e pouco frequentes,
E cada um mantinha os olhos fixos ante os pés,
Fluíam costa acima e descendo King William Street.
onde Santa Maria Woolnoth dava as horas
Com um som morto na balangada final das nove
Vi alguém que conhecia e o fiz parei, gritando: “Stetson,
Você estava comigo nas galeras de Mylae!
O cadáver que plantou ano passado em teu jardim
Já começou a brotar? Florecerá este ano?
Ou a geada imprevista estragou seu leito?
Ah, mantêm longe daqui o cachorro, que é amigo do homem,
Ou ele voltará a desenterrar com as unhas!
Você! Hypocrite lecteur! – mon semblable -, mon frère”
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Quem é a crítica literária no Brasil?
A pergunta não é “O que é a crítica literária?”, e sim, “Quem é a crítica literária no Brasil?”. Os críticos são citados normalmente sem o nome, eternos sujeitos indeterminados: “o autor foi aclamado pela crítica”, “o livro não agradou a crítica.” Mas, quem foi e quem é a Crítica Literária?
Alguns autores andam reclamando da crítica contemporânea, olhando com certo saudosismo a crítica do passado e menosprezando o que há na pós- modernidade, como declarou o escritor peruano Mario Vargas Llosa recentemente parao El País, leia:
“A crítica literária tem agora mais responsabilidades em um mundo com excesso de informação e excesso de livros. E é responsável pela marginalidade em que vive ao ter perdido o protagonismo que tinha e deveria recuperar. Não temos críticos de grande responsabilidade nem em outras áreas. Parecem limitar-se a resenhas, quase como publicidade, a banalizaram e se esqueceram da função de apresentar os elementos para que as pessoas apreciem o bom e o menos bom de cada livro, e algo muito importante é que devem ter claro o lugar que essa obra ocupa em seu contexto, e contar isso aos leitores. Especialmente nestes tempos em que a Internet tende a dar o mesmo valor a tudo…”
_________________
Não concordo com quase nada do que ele disse, já que não considero o crítico marginalizado. O que acontece hoje em dia é que o formato mudou, surgiram muitos críticos com a inclusão digital e a caída dos jornais em papel. Antigamente, o crítico tinha um status e destaque maiores pelo próprio meio em que se apresentavam, todo mundo lia a mesma coisa; hoje não, há uma variedade enorme de material e de meios. Os tempos são outros. E eu prefiro hoje, sinceramente. Não gosto do monopólio, do saber centralizado e privilégio de poucos, o veredito ditado por três críticos e acabou- se. No caso brasileiro, destaco: Otto Maria Carpeaux, Álvaro Lins e Sérgio Milliet, nascidos no século XIX e princípio do século XX:
Sérgio Milliet (São Paulo, 20/09 1898 - São Paulo, 09/11/1966)
Otto Maria Carpeaux (Viena, 09/031900 – Rio de Janeiro, 03/02/1978)
Álvaro Lins (Caruaru, 14/12/1912 - Rio de Janeiro, 04/06/1970)
Não concordo com Llosa sobre a “banalização” que cita. O que ele chama de “banalização”, eu chamo de “inclusão”. Pense que existe muitos blogs de gente muito jovem, mas muito jovem mesmo, 11, 14, 16 anos, que está pensando em literatura, falando em literatura, lendo e refletindo sobre o que leu. Com erros, obviamente, mas pense como será essa geração de leitores/críticos no futuro? Acho animador e prometedor. Se ele quer ler blogs profissionais, com críticas consistentes, que dizem o que o livro tem de bom e ruim, há centenas espalhados pela web, basta selecionar. Devemos sim aprender com os críticos que fizeram história, absorver o que nos convém, mas com a liberdade de traçar os nossos próprios caminhos. Só com a distância, com o discernimento que o tempo proporciona é que se saberá o valor do que estamos fazendo nos anos 2000.
Há 23 anos anos, em 1991 no programa Roda Viva (Cultura), Rachel de Queiroz já reclamava da crítica de então, e dá como referência Otto Maria Carpeaux, que parece ser o exponente máximo da crítica literária brasileira. Veja o tom pejorativo de Rachel em relação à crítica do seu tempo:
_________________________
Caio Fernando Abreu: Os críticos não eram melhores?
Rachel de Queiroz: Havia uma crítica profissional que não há mais hoje. Hoje eles dão noticiazinhas, em geral encomendadas pelas editoras. A figura do crítico desapareceu, não sei por quê. Talvez seja a evolução dos estudos literários, aquela crítica era impressionista, era a crítica do “gostei, não gostei”, podia ser formulada em boas frases, mas eram, na verdade… Não sei se são os novos estudos de literatura que influíram na liquidação do crítico pontificando…
Maria Alice Barroso: Perdão. Minha primeira intervenção. [risos] Peço passagem…Caio Fernando Abreu: Os críticos não eram melhores?
Rachel de Queiroz: Havia uma crítica profissional que não há mais hoje. Hoje eles dão noticiazinhas, em geral encomendadas pelas editoras. A figura do crítico desapareceu, não sei por quê. Talvez seja a evolução dos estudos literários, aquela crítica era impressionista, era a crítica do “gostei, não gostei”, podia ser formulada em boas frases, mas eram, na verdade… Não sei se são os novos estudos de literatura que influíram na liquidação do crítico pontificando…Jorge Escosteguy: Maria Alice Barroso, por favor.
Rachel de Queiroz: Havia uma crítica profissional que não há mais hoje. Hoje eles dão noticiazinhas, em geral encomendadas pelas editoras. A figura do crítico desapareceu, não sei por quê. Talvez seja a evolução dos estudos literários, aquela crítica era impressionista, era a crítica do “gostei, não gostei”, podia ser formulada em boas frases, mas eram, na verdade… Não sei se são os novos estudos de literatura que influíram na liquidação do crítico pontificando…Jorge Escosteguy: Maria Alice Barroso, por favor.
Maria Alice Barroso: Você acha, Rachel, que nós tenhamos agora, por exemplo, um crítico da categoria de Álvaro Lins [(1912-1975) professor, jornalista, ensaísta e diplomata, mas sua consagração deu-se como crítico literário]?
Maria Alice Barroso: Você acha, Rachel, que nós tenhamos agora, por exemplo, um crítico da categoria de Álvaro Lins [(1912-1975) professor, jornalista, ensaísta e diplomata, mas sua consagração deu-se como crítico literário]?
Caio Fernando Abreu: Eu estava pensando nisso.
Rachel de Queiroz: Não, não temos, é o que digo, a figura do crítico… do Alceu, do Álvaro, do Carpeaux, que nós citamos agora. Essas figuras desapareceram, não sei, talvez fossem dinossauros que tinham que desaparecer, mas tinham grande peso e grande importância.
Caio Fernando Abreu: Mas acho que a dignidade nunca tem que desaparecer.
Rachel de Queiroz: Mas não é a dignidade. Acho que é o estilo. É uma questão de moda literária e de estilo, desapareceu o crítico.
Caio Fernando Abreu: O que vejo hoje em dia nos jornais, pega-se um livro… Trabalhei em jornal, sou jornalista também. Dizem assim: “Quem quer baixar o pau nesse cara?” [risos] Aí um garoto qualquer de vinte anos vai lá e baixa o pau.
Rachel de Queiroz: É o instituto do patrulhamento.
Marcos Faerman: Acho que um problema que acontece com a crítica, que é bem diferente, por exemplo, desse período dos grandes mestres, né, Agripino Grieco [(1888-1973) poeta, ensaísta e crítico literário reconhecido por sua língua ferina ao escrever suas críticas], Álvaro Lins, Alceu Amoroso Lima [(1893-1983) conhecido também pelo pseudônimo de Tristão de Ataíde, foi professor de literatura, pensador e crítico literário. Ao denunciar pela imprensa o cerceamento da liberdade de pensamento, tornou-se forte opositor do regime militar de 1964], o deslumbrante Otto Maria Carpeaux [(1900-1978) um dos mais renomados críticos literários brasileiros, cuja obra é imprescindível para o estudo da literatura ocidental. Com o golpe de 64, que depôs Jango, Carpeaux passou a combater o regime militar, deixando a crítica literária em segundo plano], mestres que eram pensadores da literatura. Agora, não vejo isso que o Caio fala, assim, acho que um pouco levianamente…
Caio Fernando Abreu: Nunca sou leviano.
Caio Fernando Abreu: Rachel, continuando a ser leviano, [risos] você acha que isso que está se passando em relação à crítica literária não está se passando em todos os níveis no Brasil? Como diz o Darcy Ribeiro [(1922-1997) professor, etnólogo, antropólogo, foi senador, reitor da Universidade de Brasília, ministro de Estado no governo João Goulart - ver entrevista no Roda Viva], não é um processo de africanização – com o perdão [do termo], porque o Brasil está passando pela mesma coisa –, de sucateamento, como diz o Moacir Amâncio [poeta paulista e professor de língua e literatura hebraica na Universidade de São Paulo, também atuou como repórter e redator em várias publicações], de vulgarização de tudo?
Rachel de Queiroz: Não sou tão pessimista. Acho que as coisas estão difíceis, o mundo inteiro está atravessando uma fase difícil, o Brasil está atravessando uma fase dificílima e isso se reflete em todos os níveis da cultura, que é a primeira afetada por essas crises. Mas eu, que sou pessimista profissional, acho que vamos sair dessa. Há muito talento por aí, há muito interesse por artes, por letras, por estudos, de forma que não estou pessimista nisso, não. Essa meninada, você vê nessa Bienal Nestlé, há muito interesse da meninada, a paixão com que eles vêem, com que eles procuram saber, se informar, conhecer a gente, tocar na gente para saber que é mesmo aquela pessoa. De forma que isso tudo mostra que há interesse e esses meninos não vão ficar parados nem vão ficar calados.
————————-
Da velha escola, cito Antônio Cândido (Rio de Janeiro, 24 de julho de 1918) como o meu crítico preferido, ele ainda atua e é a minha referência principal, figuras como ele já são espécie em extinção:
A crítica contemporânea é uma legião de blogueiros, principalmente, muitos escrevem em blogs e para jornais virtuais e impressos. É a democratização da escritura, e nunca, nunca, baixo nenhuma hipótese, deve- se condenar quem fala sobre literatura, pior ou melhor, estão falando sobre Arte e falar sobre Arte é o caminho.
sexta-feira, 11 de abril de 2014
Você me dá um livro? Eu te dou um livro e uma flor.
A festa da rosa e do livro: Dia Internacional do Livro, 23 de abril
Você sabe porquê o dia 23 de abril é o Dia Internacional do Livro?
É uma tradição que vem desde a Idade Média na Espanha, na região da Catalunha (que compreende as províncias de Barcelona, Gerona, Lérida e Tarragona). No dia 23 de abril, dia de São Jorge (Sant Jordi, em catalão), padroeiro da Catalunha, a tradição é presentear as pessoas queridas com flores e livros. E como no mês de abril faleceram William Shakespeare (dramaturgo inglês), Josep Pla (escritor catalão) e Miguel de Cervantes (escritor espanhol), a UNESCO decidiu, em 1995, fixar a data como o Dia Mundial do Livro
O governo espanhol criou o evento “La noche de los libros” (“A noite dos livros”) que acontecerá no dia 23 de abril com o lema “¿Me regalas un libro? Te regalo un libro.” (“Me dá um livro? Eu te dou um livro.”).
O abril espanhol é efervescente, há dezenas de eventos literários durante o mês todo. As livrarias colocam bancas nas calçadas das cidades e vendem os livros com descontos. Que tal celebrar o Dia Mundial do Livro na sua cidade dessa forma? Uma flor…um livro.
Você me dá um livro? Eu te dou um livro e uma flor.
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Novo Livro em Construção - aguardem...
Marco
nasceu em Minas Gerais. Foi criado entre Belo Horizonte e a fazenda de café de
seus pais. Teve uma infância perfeita, com todas as regalias que uma criança
possa ter para crescer feliz. Até que chegou a adolescência e pensou que já era
dono e senhor de seu nariz e começou a fazer coisas inapropriadas e andar com
pessoas com a qual iniciou sua vida de total decadência. Enquanto andava
debaixo das asas de seus pais, tudo lhe corria bem e estava protegido do mundo.
Sua
mãe era uma mulher humilde. Nascida e criada em uma fazenda vizinha dos seus
avós paternos. Eram pessoas de bem. Gente da terra.
Os
negócios do café iam de vento em poupa e seu pai intencionava educá-lo para
tomar o seu lugar quando estivesse preparado, mas esta ideia não lhe agradava nada.
Era
o mais velho de quatro irmãos. E como o mais velho dos filhos, estava
predestinado a tomar o lugar de seu pai na fazenda, mas isso não estava em seus
planos e já havia tomado uma decisão, que apenas ele sabia e estava certo de
que ia ser muito difícil falar sobre isto com o seu pai. Teria que esperar o
momento oportuno.
A
vida não era exatamente o que ele queria que fosse e acabava por fazer coisas
que mais tarde viria ter consequências desastrosas.
Mas
como tudo (ou quase tudo) na vida tem conserto, Marco reencontrou o seu caminho
e acabou achando a sua verdadeira felicidade, mas para isso, teve que pagar um
preço bastante alto e lutar com todas as suas forças para aprender que a vida não
é o que ele imaginava. Aprendeu principalmente a entender e reconhecer os seus
verdadeiros amigos e seus verdadeiros valores. Mas até chegar aonde chegou,
teve que percorrer caminhos bastante estreitos e obscuros, mas ao cair,
encontrou alguém que lhe estendeu uma mão, e então pode levantar e caminhar seguro
rumo à felicidade...
Assinar:
Postagens (Atom)
Debaixo da Mesma Lua, Uma historia de amor e Vinhos
Debaixo da Mesma Lua, Uma historia de amor e Vinhos Vem comigo na construção de um lindo romance. Vou compartilhar vários trechos desse roma...
-
Resenha: “Grande Sertão: veredas”, João Guimarães Rosa, no dia da morte do escritor Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita co...
-
Durante a Segunda Guerra Mundial, alguns pobres e perseguidos políticos se refugiaram em um porão escuro e frio da Alemanha. Quando as tro...